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VENEZUELA

Filho de Jango se encontra com Maduro em Caracas e entrega carta assinada pela mãe: "Irmandade"

Documento entregue ao presidente venezuelano reconhecia semelhanças entre governo de João Goulart e propostas de Hugo Chávez, antecessor do atual presidente venezuelano

Nicolás Maduro se encontra com João Vicente Goulart, filho de Jango, em Caracas Nicolás Maduro se encontra com João Vicente Goulart, filho de Jango, em Caracas  - Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente venezuelano Nicolás Maduro compartilhou nesta segunda-feira uma foto de seu encontro com João Vicente Goulart, filho do ex-mandatário brasileiro João Goulart, deposto em 1964, com o início da ditadura militar no país. O herdeiro de Jango foi a Caracas para a nova posse de Maduro, na semana passada, após a contestação pelo governo brasileiro dos resultados das últimas eleições.

“Me reuni com João Vicente Goulart, de quem recebi esta emotiva carta que realça a irmandade, a solidariedade e as palavras de apoio por parte da família Goulart. Estou muito agradecido por esses bons desejos de novo mandato para a nossa pátria, onde seguiremos trabalhando e consolidando nossos laços de cooperação e paz. Diplomacia e união!”, escreveu Maduro na legenda do post.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por Nicolás Maduro (@nicolasmaduro)

O documento entregue por João Vicente foi assinado pela viúva de Jango, Maria Thereza Goulart. Ela teve recentemente a indenização paga pela União por perseguição política durante a ditadura aumentada para R$ 500 mil. Após a deposição do presidente pelos militares, em 1964, a família ficou exilada fora do país.

 

“Vivo fora, Jango, como todos o conheciam, não deixaria de identificar os inúmeros pontos de convergência existentes entre a Revolução Bolivariana, iniciada pelo Presidente Hugo Chavez, e o seu programa de governo, capitulado pelas Reformas de Base”, diz a carta recebida e compartilhada pelo presidente venezuelano nas redes sociais.

Brasil na posse de Maduro
A Embaixada do Brasil em Caracas recebeu, na terça-feira passada, um convite para participação na cerimônia de posse de Maduro para mais um mandato na presidência da Venezuela. Em crise com o presidente venezuelano por não ter reconhecido os resultados das eleições, Lula não foi convidado diretamente. Na cerimônia, o país foi representado pela embaixadora Glivânia Oliveira.

A vitória de Maduro, declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país caribenho, até o momento não foi comprovada com a apresentação dos boletins de urna. A oposição venezuelana alega que o vencedor foi Edmundo González, que fugiu para a Espanha para não ser preso.

Hoje, vários países latino-americanos, entre os quais Argentina e Peru, consideram que González venceu a eleição e, por isso, deveria tomar posse. Outras nações da região, como Brasil, México e Colômbia, já avisaram que ainda aguardam documentos que comprovem a vitória de Maduro.

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