Ex-presidente

Filhos ausentes, mulher no Brasil e recluso: jornal francês descreve vida de Bolsonaro nos EUA

Matéria do Le Monde destaca que o ex-presidente brasileiro tem recebido cerca de US$ 10 mil por palestras, valor inferior ao de outros ex-mandatários como Obama, Sarkozy e Lula

Trecho da matéria no Le MondeTrecho da matéria no Le Monde - Foto: Reprodução/Le Monde

Maior e mais importante jornal da França, o Le Monde publicou na edição desta quinta-feira (2) uma reportagem sobre a rotina do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, onde está desde dezembro do ano passado.

A publicação ocupa uma página inteira e é intitulada "O crepúsculo de Bolsonaro". O texto destaca o isolamento do ex-mandatário, com seus "filhos ausentes" e a mulher, Michelle Bolsonaro, preocupada com o próprio futuro político no Brasil.

O Le Monde ironiza o fato de Bolsonaro ser chamado de "o mito", mas atualmente viver "reduzido ao silêncio, reclusão e solidão" em um condomínio situado no subúrbio de Orlando. "Seus três filhos (Flavio, Carlos e Eduardo) são bastante ausentes. Quanto a sua esposa, Michelle, ela está frequentemente em Brasília, ocupada preparando seu próprio futuro na política", diz o texto.

O jornal francês também lembra que o "amigo" de Bolsonaro, Donald Trump, sequer convidou o brasileiro para sua luxuosa casa em Mar-a-Lago. Enquanto isso, o ex-presidente do Brasil, descrito como um "morador curioso", é visto "a perambular, de mãos nos bolsos, pelos supermercados e devorar rapidamente frango frito no KFC".

Mesmo quando sai da mansão onde está hospedado e recebe seus fãs Bolsonaro consegue restabelecer o tom "ultrajante" que adotava quando tinha poder. Segundo o jornal, o brasileiro dá à claque apenas "algumas piadas e meio sorrisos".

US$ 10 mil por palestras
A publicação menciona as palestras que Bolsonaro tem dado nos Estados Unidos. De acordo com o Le Monde, o ex-presidente brasileiro tem recebido cerca de US$ 10 mil por cada conferência (valor equivalente a R$ 52 mil). A quantia significa "uma gota" em comparação ao oferecido a homólogos como o americano Barack Obama e francês Nicolas Sarkozy.

O Le Monde também usa os dados das redes sociais de Bolsonaro para descrever a situação do brasileiro após deixar o poder. O jornal cita a perda de seguidores no Instagram. Bolsonaro está com 400 mil seguidores a menos desde que deixou o governo.

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