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Governo Lula

Flávio Dino anuncia novo chefe da PRF e criação de diretorias para crimes ambientais e cibernéticos

Futuro ministro da Justiça também divulgou nome de advogado crítico à Lava-Jato como secretário nacional de Justiça

Flávio DinoFlávio Dino - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O futuro ministro da Justiça Flávio Dino anunciou nesta terça-feira (20) o nome do novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Edmar Camata, a criação de diretorias da Polícia Federal para combate a crimes ambientais e cibernéticos e novos nomes para a equipe.

Também divulgou a nomeação para o posto de secretário nacional de Justiça do advogado Augusto de Arruda Botelho, crítico à Lava-Jato e que trabalhou em defesa de executivos da Odebrecht durante a investigação.

Para comandar a PRF, que virou foco de influência do bolsonarismo sob o comando de Silvinei Vasques, exonerado nesta terça-feira, Dino escolheu um policial que ingressou na corporação em 2006 e atualmente trabalha como secretário de Estado de Controle e Transparência do governo do Espírito Santo.

-- Ele (Camata) tem amplo conhecimento da instituição, uma vez que a integra há 18 anos, e tem, ao mesmo tempo, experiência de gestão. A escolha leva em conta a ideia de aperfeiçoamento, aprimoramento gerencial dessas instituições para que possam obedecer aos princípios da economicidade e eficiência -- afirmou Dino.

Já Botelho ficará responsável por funções como a recuperação de ativos, política de refugiados e cooperação jurídica internacional.

No caso da PF, o futuro ministro também anunciou os nomes dos novos diretores, escolhidos em conjunto com o futuro diretor-geral Andrei Rodrigues. A diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), uma das principais unidades da corporação, responsável por investigações contra políticos e outras áreas, será comandada pelo delegado Ricardo Saadi. Ele havia sido o pivô da primeira crise do presidente Jair Bolsonaro com a Polícia Federal. Em 2019, Bolsonaro anunciou a demissão de Saadi do posto de superintendente da PF do Rio para tentar escolher um nome de sua confiança, gerando acusações de interferência indevida e reação da corporação.

Rodrigues também definiu uma reestruturação com a criação de quatro novas diretorias: de Amazônia e Meio Ambiente, Crimes Cibernéticos (que até então funcionava como uma divisão), Cooperação Internacional e diretoria de Ensino.

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