Flávio e Eduardo Bolsonaro questionam buscas a empresários que compartilharam mensagens golpistas
Deputado afirmou que operação é "ataque à democracia", enquanto senador disse que episódio é "insano"
Dois dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), criticaram nesta terça-feira (23) a operação realizada contra empresários bolsonaristas suspeitos de compartilharem mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp. Eduardo afirmou que ação é um "ataque à democracia", enquanto Flávio classificou o evento como "insano".
A operação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal está cumprindo mandados de busca e apreensão e tomando depoimentos dos investigados.
"PF em casa devido a mensagens de zap?! Qual crime? É operação claramente para intimidar qualquer figura notória de se posicionar politicamente a favor de Bolsonaro ou contra a esquerda. Isto é um ataque à democracia em plena campanha eleitoral. Censura. Não há outra palavra!", escreveu Eduardo Bolsonaro em sua conta no Twitter.
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O comentário de Flávio ocorreu na mesma linha. "É insano determinar busca e apreensão sobre empresários honestos, que geram milhares de empregos, alguns conhecidos de ministros do STF (que sabidamente jamais tramariam “golpe” nenhum) por dizerem que preferem qualquer coisa ao ex-presidiário, numa conversa privada de WhatsApp", disse, na mesma rede social.
Os diálogos que motivaram a operação foram revelados pelo site "Metrópoles". Foram alvos da operação os empresários Luciano Hang, da rede Havan, Meyer Nigri, da Tecnisa, Afrânio Barreira Filho (do Cocobambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury, Luiz André Tissot (grupo Sierra) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii).
PF em casa devido a mensagens de zap?! Qual crime?
— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) August 23, 2022
É operação claramente para intimidar qualquer figura notória de se posicionar politicamente a favor de Bolsonaro ou contra a esquerda.
Isto é um ataque à democracia em plena campanha eleitoral. Censura. Não há outra palavra! pic.twitter.com/WgoMt7npRH