Flávio imita gargalhadas de Bolsonaro como reação a relatório da CPI da Covid
A proposta de indiciamento de Bolsonaro agora conta com nove tipificações de crimes
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro vai responder com gargalhadas às imputações de crimes e a proposta de indiciamento que estão presentes no relatório final da CPI da Covid. Flávio chegou a demonstrar na prática como seria essa gargalhada.
"Eu acho que ele recebeu da seguinte forma: você conhece aquela gargalhada dele? Hahaha [gargalha forçadamente para imitar a risada do presidente]. Não tem o que fazer de diferente disso", afirmou.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, pediu o indiciamento de 66 pessoas e de duas empresa, por um total de 23 crimes, em seu relatório apresentado nesta quarta (20).
Após mal-estar entre os senadores por vazamento de minutas do texto à imprensa, o senador recuou e mudou alguns pontos do relatório. Ele retirou a recomendação de indiciar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelos crimes de genocídio contra a população indígena e homicídio.
Com isso, a proposta de indiciamento de Bolsonaro agora conta com 9 tipificações de crimes –anteriormente eram 11.
Renan segue apontando contra o presidente os crimes de epidemia com resultado; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, do Tratado de Roma; e crime de responsabilidade, previsto na lei 1.079/1950, por violação de direito social incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.
Parte dos senadores, como o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), discordava de apontamentos da minuta do parecer de Renan. Por isso, o texto foi alterado após conversa dos parlamentares que terminou na noite de terça (19).
Renan também desistiu de incluir a proposta de indiciamento do senador Flávio pelo crime de advocacia administrativa e improbidade administrativa, por ele ter intermediado uma reunião de representantes da Precisa Medicamentos no BNDES.