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BASTIDORES

Fogo amigo do PT: Rodrigo Pacheco faz o jogo de Jaques Wagner

No fogo amigo do PT, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está sob a influência do senador Jaques Wagner, líder do Governo

Fogo amigo do PT envolve Rodrigo Pacheco e Jaques WagnerFogo amigo do PT envolve Rodrigo Pacheco e Jaques Wagner - Foto: Agência Brasil/EBC/Divulgação

Ao devolver a MP da desoneração, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entrou no jogo do fogo amigo e ardente do PT contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Bastidores da cena nacional em Brasília indicam que foi o líder do Governo no Senado, Jacques Wagner, ex-governador da Bahia, que fez a cabeça de Pacheco.

Wagner não tolera Haddad porque enxerga nele um concorrente para 2026. Já há uma briga sem precedentes no Palácio entre os principais líderes do PT pela vaga de Lula, caso o presidente resolva não disputar a reeleição. Wagner é um deles e sabe que se Haddad der certo na Fazenda, vira o nome natural apoiado por Lula.

Por isso, passou a detonar a política econômica do Governo, mesmo na condição de líder no Senado. Por outro lado, o que se fala em Brasília também é sobre a improvisação para gastar mais entre os ministros de Lula. O presidente e a sua trupe de comediantes ministeriais não têm a mais remota ideia de como administrar um país, segundo relatam aliados do próprio governo.

“Veja-se a trapalhada que fizeram com essa MP do Fim do Mundo. Para compensar a progressão na volta da oneração fiscal da folha de pagamentos das empresas, o ministro Fernando Haddad tirou da cachola limitar que as empresas paguem o PIS/Cofins com créditos tributários”, relatou um governista ao site Metrópole.

De acordo com ele, a grita foi geral. O impacto da medida no caixa das empresas seria imediato e bilionário. Só na indústria, significaria um aumento de custo da ordem de R$ 29 bilhões até o final do ano, e de R$ 60 bilhões em 2025, segundo a estimativa da CNI. Quando uma empresa tem aumento de custo, ela repassa para o consumidor. Ou seja, a estrovenga causaria mais inflação e, assim, impediria a queda dos juros — quer dizer, se for respeitada a independência do Banco Central.

Diante do desastre anunciado, o presidente do Senado devolveu o trecho sobre a limitação que estava na MP do Fim do Mundo. Veio à tona, segundo ainda o site, que Fernando Haddad e sua equipe imaginaram o troço, o ministro não avisou os colegas da Esplanada, encarregou a Receita Federal de fazer o projeto — a Receita Federal que sempre calca a mão peluda do governo — e viajou para a Europa um dia antes do anúncio da medida.

Ninguém se preocupou em calcular o impacto sobre as empresas e os consumidores. Só pensaram em avançar sobre o dinheiro alheio. Como se não bastasse a trapalhada que Rodrigo Pacheco evitou em cima do lance, Lula foi a um evento no Rio de Janeiro e afirmou que “o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”, acrescenta uma fonte. 

 

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