ENTREVISTA

Foragido, blogueiro bolsonarista diz vir sempre ao País e conta que cruzou fronteira com R$ 300 mi

Radicado no Paraguai, Oswaldo Eustáquio teve a inclusão em lista da Interpol determinada por Moraes

Osvaldo EustáquioOsvaldo Eustáquio - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Mesmo foragido da Justiça brasileira, o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio diz que vem ao Brasil com frequência para visitar a família, no interior do Paraná, e até para ir a estádio torcer pelo Athletico Paranaense. Em um dos retornos ao Paraguai, onde está radicado desde o ano passado, levou R$ 300 mil em espécie guardados em uma capa de laptop. As informações foram dadas pelo blogueiro ao portal Brazilian Report.

Ao veículo, ele debochou do sistema judicial brasileiro e afirmou que transita com frequência entre Brasil e Paraguai, usando contas-correntes de familiares para movimentar e sacar dinheiro, já que suas contas estão bloqueadas pela Justiça:

— Meu barbeiro é no Brasil, eu visito regularmente minha família em Céu Azul (cidade no interior do Paraná) e já acompanhei um jogo do Athletico Paranaense. Eu sempre como do lado brasileiro da fronteira.

Eustáquio ganhou notoriedade como apoiador ferrenho do ex-presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, ele participou de manifestações antidemocráticas em frente ao quartel-general do Exército e fez uma série de ataques ao processo eleitoral, motivos que levaram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a determinar novamente a prisão do blogueiro.

Ele também ajudou a organizar os atos golpistas do 8 de janeiro. Na última semana, Moraes pediu a inclusão do bolsonarista na lista de procurados da Interpol, órgão de investigação da Europa. Diante da decisão, ele se disse alvo de "perseguição", como O Globo mostrou.

Diante de restrições da Jutiça, o blogueiro movimenta dinheiro pela conta da sua filha e, agora, saca notas através das contas de sua mãe. Em uma das ocasiões, ele afirmou que atravessou a fronteira entre o Brasil e o Paraguai com R$ 300 mil em espécie, escondidos na capa de um laptop. A travessia foi feita por Ponta Porã, com a chegada em Pedro Joan Caballero, em que a delimitação fronteiriça é feita por uma rua.

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