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Força Aérea estuda dois modelos para novo avião presidencial; saiba quais

Aeronáutica deve abrir, até o fim do ano, um edital para adquirir aeronave

Airbus A330: um dos modelos estudados pela FAB Airbus A330: um dos modelos estudados pela FAB  - Foto: Divulgação

A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda trocar o avião presidencial por aeronave que tenha autonomia suficiente para fazer voos diretos nas viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Aeronáutica deve abrir, até o fim do ano, um edital para adquirir um modelo — provavelmente usado — já adaptado para o segmento "VIP", com valor próximo de 80 milhões de dólares.

A Força aguarda o sinal verde da Presidência para dar continuidade ao processo. O petista quer ter à disposição uma aeronave com mais conforto e melhores condições para o trabalho durante os deslocamentos. Dependendo da configuração, será possível transportar até 100 passageiros.

Entre os modelos compatíveis com o procurado pelo governo estão o Airbus A330 ou o Boeing 767. A informação sobre o estudo dos modelos foi publicada pelo portal "Metrópoles" e confirmada pelo Globo.

Essa avaliação, até o momento, inclusive com o detalhamento de aeronaves disponíveis no mercado, não foram apresentados ao Palácio do Planalto ou ao Ministério da Defesa.

A autonomia desses modelos varia de 7.200 km a 13.330 Km, ou cerca de 16h de voo. Sem a adaptação "VIP", possuem capacidade de levar entre 181 e 268 passageiros. Normalmente, esses modelos são usados para voos entre continentes pelas companhias aéreas.

A avaliação de integrantes do Ministério da Defesa é que comprar uma aeronave usada e que já tenha as características VIP desejadas sairia mais barato do que adquirir um modelo novo. A partir da compra, há ainda o custo de adaptação.

Uma outra alternativa descartada pela FAB era adaptar uma das duas aeronaves Airbus A330-200 compradas durante o governo Jair Bolsonaro. Para reconfigurar esse avião seria preciso instalar internet, suíte com chuveiro e uma sala reservada para reuniões e despachos do presidente. As duas aeronaves foram compradas da Azul por US$ 80 milhões, durante a pandemia.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que ainda não há decisão sobre aquisição de um novo avião, tampouco pedidos ou exigências e que caso haja definição de compra, o processo será público e conduzido pela Força Aérea Brasileira.

A proposta de mudança é estudada pelo governo há pelo menos 90 dias. O atual avião presidencial, um A 319, chamado de "Aerolula", foi comprado pelo próprio presidente, em seu primeiro mandato.

O avião tem 18 anos de uso e se aproxima da metade do ciclo de vida, o que exigirá passar por um processo de reformulação. Ele possui suíte presidencial e chuveiro, um espaço reservado com duas mesas e oito cadeiras e capacidade para 16 pessoas, mais a tripulação, um total de 39 passageiros.

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