Forças Armadas dizem que manifestações são permitidas pela lei, mas condenam "eventuais excessos"
Chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica divulgaram nota reafirmando o compromisso com a "harmonia política e social"
Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica divulgaram uma nota nesta sexta-feira (11) afirmando que a "construção da verdadeira democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social".
No comunicado, os chefes das Forças Armadas dizem que os militares estão focados no seu "papel constitucional" e reafirmam o "compromisso irrestrito e inabalável com o povo brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil".
A nota é assinada pelo almirante de esquadra Almir Garnier dos Santos (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) e foi divulgada em meio a atos realizados em frentes a unidades militares do país.
O comunicado faz menção às "manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do país", reforça que são permitidas pela lei e condenam "eventuais excessos" que "possam restringir os direitos individuais e coletivos".
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"São condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade", diz o texto.
A nota afirma ainda que as "autoridades da República" devem estar atentas "a todas as demandas legais e legítimas da população" e reitera "a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua".