Forças Armadas agiram sem pressão em inquérito do golpe, diz diretor-geral da PF
Andre Rodrigues afirma que relação com os comandos de Exército, Aeronáutica e Marinha é de 'alto nível e harmoniosa'
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira que o indiciamento de 25 militares no inquérito sobre a trama golpista comprova que não houve nenhuma pressão externa para proteger membros das Forças Armadas. Andrei ressaltou que mantém atualmente uma "relação de alto nível" com os atuais chefes do Exército, Aeronáutica e Marinha e que o contato entre eles "funcionou absolutamente de maneira harmoniosa".
— Não houve nenhuma questão política que obstasse medidas que nós deveríamos tomar, tanto que há pela primeira vez na história do Brasil um general preso — afirmou o diretor-geral.
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Questionado sobre a possibilidade de prisão do general Braga Netto, que foi ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro, Andrei afirmou que a equipe de investigação não viu motivos para isso. Braga Netto foi um dos indiciados por tentativa de golpe, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa. Ele nega que tenha atuado por uma ruptura democrática.
— Nós não agimos com emoção, não agimos por deleite, por vontade individual. Nós agimos com a Constituição e a lei. Na avaliação da equipe de investigação, os pré-requisitos de prisão preventiva não eram aplicáveis para esse cidadão (Braga Netto) — disse Andrei.