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Tentativa de golpe

Militar indiciado enviou foto de Gilmar em aeroporto para general, descobre PF

Reginaldo Abreu estava no mesmo voo de ministro do STF e enviou registro para Mario Fernandes

O ministro Gilmar Mendes, durante sessão do STFO ministro Gilmar Mendes, durante sessão do STF - Foto: Fellipe Sampaio/STF

A Polícia Federal (PF) descobriu que o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, um dos novos indiciados na investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, enviou para o general Mario Fernandes uma foto do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), embarcando em um voo em Lisboa. Abreu estava no mesmo voo de Gilmar.

"A investigação identificou que Reginaldo Vieira, em auxílio aos atos operacionais da organização criminosa, no dia 20/11/2022, repassou para Mario Fernandes, uma foto do ministro Gilmar Mendes, que estava embarcando no aeroporto de Lisboa/Portugal com destino a cidade de Brasília/DF. As diligências realizadas identificaram que Reginaldo Vieira estava no mesmo voo do ministro Gilmar Mendes", diz a PF, no completo do relatório final enviado ao STF.

Na época, Abreu atuava como chefe de gabinete de Fernandes, que era o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Os dois estão na lista do 40 indiciados pela suposta trama golpista.

No documento, a PF ressalta que, na mesma época, havia uma versão de uma minuta golpista que previa, entre outras medidas autoritárias, a prisão de Gilmar. O nome do ministro do STF foi posteriormente retirado, de acordo com depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, em acordo de delação premiada.

"Importante contextualizar que a foto foi enviada no mês de novembro de 2022, no período em que os investigados tinham elaborado a primeira versão da minuta de golpe de Estado que previa, dentre outras medidas de exceção, a prisão do ministro Gilmar Mendes, conforme depoimento prestado pelo colaborador Mauro Cesar Cid", afirma o texto.

Em depoimento à PF, Abreu optou por ficar em silêncio.

Vieira estava em Portugal para uma viagem a serviço, acompanhando um secretário da Secretaria-Geral em um evento. A PF, contudo, lista algumas suspeitas para a viagem.

A primeira é de que a sua passagem foi emitida com apenas seis dias de antecedência.

A outra era que Vieira era o único integrante da comitiva que não fazia parte da Secretaria Especial de Modernização do Estado, vinculada à Secretaria-Geral.

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