Repúdio

Frente Parlamentar Evangélica repudia fala de Lula sobre Israel e Hitler

Presidente comparou a situação em Gaza, que classificou como "genocídio", com o extermínio de judeus pelo governo nazista na Alemanha

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência Brasile

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional emitiu uma nota de repúdio nesta segunda-feira às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre Israel. Neste domingo, em coletiva de imprensa na Etiópia, o petista comparou a situação em Gaza, que classificou como 'genocídio', com o extermínio de judeus pelo governo nazista de Adolf Hitler na Alemanha.

— O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus — afirmou Lula.

A frente parlamentar afirma em nota que comparar os ataques de Israel ao Hamas com o nazismo é provocar um "conflito ideológico desnecessário". O grupo diz que respeita a presidência da República, mas entende que verbalizações desequilibradas, além de não representarem o pensamento da maioria dos brasileiros, comprometem a política internacional de forma "desnecessária".

A declaração de Lula se tornou alvo de repúdio e, inclusive, motivou um pedido de impeachment protocolado por deputados federais da oposição. Nesta segunda-feira, Israel declarou o petista 'persona non grata', ou seja, não seria mais bem-vindo no território até que faça uma retratação.

Veja a íntegra da nota de repúdio
"As Frentes Parlamentares Evangélicas do Congresso Nacional e do Senado Federal repudiam as palavras mal colocadas de Sua Excelência, o Presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, proferidas neste domingo (18) pelas razões a seguir.

1 - Comparar os ataques de Israel ao Hamas com o nazismo que vitimou 6 milhões de judeus “INDEFESOS” é provocar um conflito ideológico desnecessário;

2 - Com a ressalva do respeito às pessoas que inocentemente morrem, Israel, ao contrário de Hitler, está exercendo o seu direito de sobreviver diante de um grupo com o objetivo de eliminar os judeus;

3 - outrossim, não é justo exigir que uma nação se mantenha passiva diante de um ataque covarde que estupra e mata, jovens, idosos e crianças das formas mais horríveis, e continua com a politica de se esconder atrás de reféns, civis e inocentes.

Finalmente, a FPE respeita a presidência da República, mas entende que verbalizações desequilibradas, além de não representarem o pensamento da maioria dos brasileiros, comprometem a política internacional de forma desnecessária."

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