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Política

Fundador do Novo, Amoêdo critica Zema por alta de impostos e filiação de Dallagnol

Ex-presidente do partido que se desfiliou no ano passado classificou a legenda ainda como 'oportunista'

João AmoêdoJoão Amoêdo - Foto: Divulgação

Fundador e ex-presidente do partido Novo, João Amoêdo fez duras críticas à legenda em suas redes sociais. Ele também fez comentários negativos sobre a atuação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), único representante da sigla numa chefia de Executivo estadual, e sobre o processo de filiação de Deltan Dallagnol à legenda. Em novembro do ano passado, Amoêdo desfiliou do Novo.

Em seu Twitter, ele fez uma publicação, nesta quarta-feira, listando comportamentos do partido que considera contrários aos valores de fundação da legenda. No primeiros tópicos ele criticou Zema, a quem já acusou de colocar seus interesses pessoais à frente do partido.

“Em MG, único estado que governa, aumenta impostos. Enquanto isso, concede privilégios a grupos empresariais”, alfinetou Amoêdo.

Na sequência, ele menciona de forma indireta o projeto do Novo de filiar o ex-procurador Dallagnol, que teve seu mandato como deputado federal cassado em maio deste ano com base na Lei da Ficha Limpa.

“Se dispõe a filiar quem não é ficha limpa”, aponta o ex-presidente do partido.

Em outros tópicos, ele acusa ainda o partido de ter uma das prestação de contas partidárias “menos transparentes”, diz que a legenda “ataca outras instituições da República” e “atua pensando somente nas próximas eleições”.

Amoêdo conclui a publicação apontando um abandono dos valores de fundação no partido.

“E vê sua estratégia oportunista de obter os votos de eleitores do ex-presidente sendo rechaçada diariamente pelas lideranças bolsonaristas.Do NOVO original, restou apenas o nome”, afirma.

Em novembro do ano passado, ao anunciar sua desfiliação, Amoêdo afirmou que o partido que ajudou a fundar, "não existe mais". Ele havia virado alvo de críticas de correligionários Amoêdo durante a campanha do segundo turno das eleições presidenciais, por anunciar apoio ao presidente eleito e então candidato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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