Futura ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco diz esperar que governo apure mandante da morte
Nome de irmã de vereadora assassinada em 2018 foi anunciado nesta quinta-feira para compor ministério
A futura ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que espera que o novo governo consiga descobrir quem mandou matar sua irmã, a vereadora do Rio Marielle Franco, assassinada em 2018.
Perguntada se há esperança em desvendar a identidade do mandante do crime, Anielle respondeu:
– Eu espero que sim, a gente tem essa esperança de que a gente consiga descobrir quem mandou matar a Marielle.
O nome de Anielle foi anunciado nesta quinta-feira (22) para compor o ministério do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, os primeiros passos no cargo devem incluir uma "reestruturação" para políticas de combate ao racismo.
– Nós temos que reestruturar, porque estamos pegando um cenário de desmonte. Um cenário que não tem orçamento. O convite foi feito ontem e estou me inteirando. Não chego sozinha nesse lugar. Chego trazendo todo esse legado de força da mulher negra. É muito simbólico. Era um governo que não gostava e não tinha políticas públicas mínimas para mulheres, negros e pobres – afirmou.
– Minha escolha é simbólica porque a gente sai de quatro anos tenebrosos. É simbólico porque a Mari foi assassinada com cinco tiros na cabeça sendo uma vereadora eleita no Rio de Janeiro com 46 mil votos – concluiu, em referência à morte da vereadora.
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Marielle Franco foi assassinada em março de 2018, ao lado do motorista Anderson Gomes. Ambos estavam no carro perto da estação Estácio do metrô do Rio quando foram alvos de tiros disparados de outro veículo. Os investigadores conseguiram identificar os suspeitos do crime, um deles o policial militar reformado Ronnie Lessa, atualmentee preso, mas até hoje não chegaram a eventuais mandantes.