BRASÍLIA

Gabinete de transição de Lula entrega relatório sobre Governo Federal; confira a íntegra

Apresentação foi realizada nesta quinta-feira, em Brasília

LulaLula - Foto: Reprodução/Youtube

Os coordenadores do Gabinete de Transição do Governo Lula fizeram, na manhã desta quinta-feira (22), em Brasília, apresentação geral dos principais pontos da situação do Governo Federal encontrada pelos 32 grupos técnicos criados pelo gabinete. Confira a íntegra:

Relatorio Final Da Transicao de Governo by Folha de Pernambuco on Scribd



 

A deputado Gleisi Hoffmana foi a primeira a falar. Ela disse que os futuros ministros terão informações muito precisas sobre o que foi levantado pela equipe de transição. "São informações muito relevantes de como vamos pegar o governo". disse. 

O vice-presidente Geraldo Alckmin, coordenador do gabinete de transição, que entregou a Lula o rleatório final dos 32 grupos técnicos da transição, afirmou que uma das características da transição foi a partição. "Mais de cinco mil pessoas voluntariamente ajudaram nessa transição".  Na partição técnica, Alckmin disse que contou com quadro muito bons. "Economicamente, tinhamos direito a 50 nomeações e usamos 23", disse Alckmin, acrescento que isso gerou economia para os cofres públicos.

"Na questão da educação tivemos muitos retrocessos. Quase tivemos um colapso no institutos técnicos e nas universidades", adiantou. Disse que a saúde também retrocedeu muito na área da saúde. Ele ilustrou com a questão da vacinação para a poliomielite, doença que "mata e deixa sequelas".

Na cultura, ele disse houve um corte de 90% nos recursos destinados a área. "Cultura e economia criativa é emprego", afirmou.

Alckmin também disse que os índices de violência cresceram no governo Bolsonaro, principalmente com o aumento do feminícidio, com 700 mortes nos últimos seis meses por arma de fogo. Ele atribuiu isso a destinação de armas de fogo nas mãos dos cidadãos. 

Denunciou também a devastação das florestas por grileiros e não por agricultores, causando danos ao meio ambiente.

"Infelizmente, houve um desmonte do estado brasileiro, com mais de 14 mil obras paradas. Isso é ineficiência de gestão. É uma tarefa hercúlea que temos pela frente", denunciou.

Depois da fala, Alckmin, entregou a Lula o relatório final da transição.

Lula disse que, com esse relatório, estava cumprindo a primeira fase do novo governo. "É a primeira vez que um presidente eleito governa antes da posse", disse referindo-se a PEC da Transição, que, segundo Lula, é para cumprir o que o presidente Bolsonaro prometeu e não cumpriu.

Segundo Lula, a transição foi a mais democrática e mais barata. "Muita gente trabalhou de graça, de forma voluntária, porque há quatro anos muita gente estava querendo", lembrou.

Lula disse que não quer fazer pirotecnia com o relatório final. "As coisas mais simples foram feitas de forma irresponsável, porque o presidente preferiu governar contando mentiras no cercadinho", reclamou.

"O orçamento de 2023 é, comparado ao PIB, igual ao de 2019. É um retrocesso.Vamos aumentar os ministérios sem aumentar os gastos. Vamos fazer todo esforço para que o pouco dinheiro que o país está arrecando dê para as políticas públicas que este país tanto precisa", avisou.

"Trabalharei mais do que nos governos anteriores, porque teremos menos tempo e mais trabalho. É imporante não esquecer que nossa prioridade é trabalhar para o povo mais pobre e trabalhador", disse.

Lula pediu, ainda para que as pessoas cobrem do governo, porque se não houver cobrança, a probabilidade de se cometer erro é maior. "Cobrem. Não precisamos de puxa-saco ou tapinhas nas costas que que vocês cobrem da gente", ironizou. 

 

Veja também

Pesquisa Folha/IPESPE/Cabo: gestão do município é desaprovada por 63%
Eleições 2024

Pesquisa Folha/IPESPE/Cabo: gestão do município é desaprovada por 63%

Pesquisa Folha/IPESPE/Cabo: confira o peso das influências políticas na disputa
Eleições 2024

Pesquisa Folha/IPESPE/Cabo: confira o peso das influências políticas na disputa

Newsletter