Geraldo Alckmin diz ser contra a extinção do GSI
Presidente em exercício defende punição dos responsáveis pelas falhas de segurança no Planalto dia 8 de janeiro
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, argumentou nesta terça-feira que não se deve extinguir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) devido às falhas na segurança do Palácio do Planalto. Segundo ele, é preciso apurar o que ocorreu e punir os responsáveis.
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Alckmin participou da abertura oficial da XXII Marcha dos Legislativos Municipais, em Brasília. Ao ser questionado se o GSI deveria permanecer sob comando de militares ou ficar sob responsabilidade de civis o presidente em exercício disse que é preciso aguardar o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em viagem à Europa.
-- Nós não devemos acabar com um órgão, porque houve erro. O que precisa é apurar e ter responsabilização -- afirmou Alckmin.
O vice-presidente ficará no cargo até quarta-feira, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega de viagem a Portugal e Espanha.
Na semana passada, a "CNN" exibiu um vídeo no qual o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, aparece interagindo com golpistas no interior do Planalto. As imagens culminaram na demissão de GDias e impulsionaram pedidos da oposição pela abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques de golpistas bolsonaristas às sedes dos três Poderes da República.