Senador bolsonarista Eduardo Girão sai do Podemos e se filia ao Novo
Isolamento recente promovido pelo Podemos pode ter sido o motivo da troca de partidos pelo senador cearense
O senador Eduardo Girão se desfilou do Podemos e entrou para ao Novo. Com a mudança de partido, o parlamentar cearense passa a ser o primeiro representante do Novo no Senado Federal. Ao anunciar a filiação , ele prometeu uma “oposição firme” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na semana passada, Eduardo Girão havia se candidatado à presidência do Senado, mas antes da realização da votação, retirou a candidatura e anunciou apoio a Rogério Marinho (PL-RN), candidato bolsonarista derrotado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que foi reeleito.
Isolado recentemente pelo Podemos, partido ao qual era filiado desde 2019, Girão foi eleito senador em 2018. Durante os primeiros quatros anos do seu mandato, liderou pautas conservadoras, como a oposição ao direito ao aborto e a defesa da educação domiciliar.
Um dos principais defensores de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional, Girão já defendeu a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar, segundo ele, crimes cometidos pelo Judiciário.
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Ele ficou especialmente conhecido por sua atuação na CPI da Covid, que apurou responsabilidades do então presidente Bolsonaro no atraso e na gestão da compra das vacinas.
Durante a CPI, oportunidade na qual centralizou a pauta bolsonarista, Girão, que se dizia independente, atuou de modo a cobrar a investigação dos governadores de oposição ao governo Bolsonaro.
Com um patrimônio declarado de R$ 36 milhões, Girão é um dos congressistas mais ricos do Senado Federal, tendo feito fortuna no ramo de hotéis e segurança privada e de valores nos Estados Unidos.