Gleisi apresenta queixa-crime contra Gustavo Gayer e pede reparação de R$ 30 mil
Ministra afirmou que foi alvo de 'ataques diversos e ofensas desarrazoadas' por deputado
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, apresentou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), por uma série de declarações contra ela. Gleisi pede que Gayer seja condenado por difamação e injúria e pague uma reparação de R$ 30 mil por danos morais.
Na semana passada, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que havia colocado uma "mulher bonita" para cuidar da articulação política, Gayer comparou Gleisei a uma "garota de programa" e falou que a ministra, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), que é seu namorado, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), poderiam ser um "trisal".
Para os advogados de Gleisi, o deputado realizou "ataques diversos e ofensas desarrazoadas, temperadas com afirmações agressivas e lascivas contra a atual" e teve como objetivo "constranger e humilhar" a ministra.
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Na queixa-crime, os advogados afirmam que as declarações não podem ser protegidas pela imunidade parlamentar. "O desempenho da função legislativa não engloba a difusão de mentiras maliciosamente propagada contra adversários políticos sem o menor contexto", argumentam.
Na semana passada, Davi Alcolumbre afirmou que estudava representar contra Gayer no Conselho de Ética da Câmara.
Após a repercussão das declarações, Gayer afirmou que sua intenção foi "denunciar e escancarar a hipocrisia da esquerda quando se trata da defesa das mulheres" e disse ter "plena consciência de que não pratiquei nenhum crime ou ato ilícito em desfavor de qualquer pessoa, tendo exercido tão somente o direito à liberdade de expressão".