Gleisi critica Tebet por desvinculação entre Previdênia e salário-mínimo: ''Ideias muito ruins''
Tebet afirmou que está em estudo no ministério um cardápio de medidas para corte de gastos
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), pela defesa de desvinculação da Previdência do salário mínimo e da inclusão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) no piso de gastos da Educação.
"Desvincular a Previdência do salário-mínimo e incluir o Fundeb na conta do piso da Educação são ideias muito ruins, que contrariam o programa de governo eleito em 2022. Se adotadas, iriam prejudicar diretamente milhões de aposentados e alunos de escolas públicas, a população que precisa ser protegida pela ação do estado, ações estas garantidas na nossa Constituição. É no mínimo preocupante que sejam defendidas pela ministra Simone Tebet. Responsabilidade fiscal não tem nada a ver com injustiça social", postou Gleisi em suas redes sociais nesta segunda-feira.
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Em entrevista ao Valor Econômico, Tebet afirmou que está em estudo no ministério um cardápio de medidas para corte de gastos. Para isto ela que as aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e abono salarial passassem a ser corrigidas pela inflação, sem considerar o ganho real do salário mínimo. Segundo Gleisi, o assunto seria debatido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ao Valor, Gleisi também acenou com a possibilidade de incorporar os gastos com o Fundeb ao piso constitucional da educação. O governo é obrigado a gastar 18% da receita líquida de impostos com a área.