Gleisi terá reunião com Hugo Motta sobre agenda no Congresso e participação de partidos no governo
Nova ministra da SRI debate com Lula como contemplar integrantes da base
A deputada federal e nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT-PR), deve se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), no próximo domingo, para discutir as agendas prioritárias do governo no Congresso e dar continuidade ao debate sobre como atender aos partidos de centro com trocas nos comandos dos ministérios.
Hoffmann assumirá oficialmente a SRI na segunda-feira, em uma cerimônia no Palácio do Planalto.
Uma das siglas que pode ser contemplada é o PSD, que vem reclamando da representação na Esplanada. Apesar de a legenda ter os Ministérios da Agricultura e Minas e Energia, os cargos são indicações da bancada no Senado.
O PSD na Câmara tem apenas o Ministério da Pesca, considerado de baixo orçamento e pouca capilaridade política, quando as ações da pasta chegam a diversos municípios pelo país.
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Como mostrou o Globo na semana passada, um dos ministérios cotados para o PSD da Câmara é o da Ciência e Tecnologia. Lideranças do partido afirmam que o atual ministro da Pesca, André de Paula (PE), deve continuar sendo o indicado pela legenda na mudança de pasta.
Gleisi Hoffmann também articula para que um deputado de um partido de centro assuma a liderança do governo na Câmara. Mas assumir o cargo tem sido visto pelos partidos como uma dor de cabeça, já que se assume um compromisso com o governo, mas sem verbas a serem distribuídas, ou ações com potencial para atendimento da base, como ocorre nos ministérios.
Petistas avaliam que o atual líder do governo, José Guimarães (PT-CE), deve permanecer no cargo por mais alguns meses, pelo menos até a relação com os partidos de centro melhorar a ponto da liderança na Câmara voltar a ser atrativa.
Líderes afirmam ainda que o nome do novo representante do governo teria que ser de alguém com bom trânsito e diálogo com a oposição.
Uma opção cogitada dentro da base governista é indicar o PDT ou o PSB para a liderança, já que são partidos mais próximos a Lula, mas não carregam a rejeição do PT. Também foram citados os nomes de Isnaldo Bulhões (AL), líder do MDB, Antonio Brito (BA), líder do PSD, e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).