Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas esconde o jogo e diz que vai à reeleição
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas afirmou: "Sou muito fiel ao público que me elegeu e tenho projetos para entregar até 2030", afirmou, despistando os entrevistadores.
Na entrevista que concedeu ao programa Canal Livre, da BandNews, domingo passado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a esconder o jogo em relação ao seu projeto presidencial em 2026. Disse que vai concorrer à reeleição em São Paulo e que seu candidato ao Planalto é o ex-presidente Bolsonaro.
“Sou muito fiel ao público que me elegeu e tenho projetos para entregar até 2030”, afirmou, despistando os entrevistadores. Mas Tarcísio, na verdade, é apontado, desde que se elegeu, em 2022, como possível sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na próxima eleição presidencial, uma vez que o ex-mandatário está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O governador reconheceu que o ex-presidente está numa "situação difícil", mas que poderia mudar no futuro, considerando que outros casos parecidos já teriam sido "revertidos" no País. Tarcísio ainda defendeu que a direita mantenha as alianças com o centro para "colher vitórias", assim como, na visão dele, teria ocorrido na eleição municipal deste ano e em discussões no Congresso Nacional.
“Qual é a minha opção, qual é o meu caminho em 26? É continuar em São Paulo e, obviamente, nós fazermos um bom trabalho para ajudar um grupo a chegar à presidência. Nós temos uma grande liderança da direita, o Bolsonaro, que eu entendo que é o candidato viável — disse.
O governador também mencionou que erros foram cometidos durante o governo Bolsonaro, como o discurso contrário às vacinas. Segundo ele, esses posicionamentos teriam afastado o centro e provocado a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. Ao ser questionado sobre os recentes casos de violência policial, o governador disse que São Paulo, assim como outros estados, "tem deficiência na formulação de políticas públicas na segurança".
Com o afastamento de um policial por dia por abordagem violenta, Tarcísio disse que fará "correções de rota". “O combate ao crime não pode servir de justificativa para o erro policial. Por outro lado, o erro policial também não pode ser uma justificativa para o não combate ao crime”, afirmou.