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Governo custeará viagem de assessores a Argentina para acompanhar Bolsonaro na posse de Milei

Portaria autoriza que dois servidores se afastem do país entre 7 e 11 de dezembro

Javier Milei, conversou em uma chamada de vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro Javier Milei, conversou em uma chamada de vídeo com o ex-presidente Jair Bolsonaro  - Foto: Reprodução/Twitter

A Presidência da República autorizou na última quinta-feira que dois assessores deixem o país para acompanhar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na posse do presidente eleito na Argentina, Javier Milei. Em despacho publicado no Diário Oficial, permite que os servidores Jossandro da Silva e Estácio Leite da Silva Filho se ausentem do Brasil entre os dias 7 e 11 de dezembro. A posse do argentino ocorre no próximo dia 10. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada, em seguida, pelo Globo.

Os dois funcionários fazem parte do quadro da Secretaria Executiva da Casa Civil e atuam diretamente junto aos ex-mandatários. Por segurança, ao final do mandato, o então governante passa a ter direito a oito servidores, seis de apoio pessoal, e dois motoristas junto a veículos oficiais da União. Essas despesas são regularizadas pela Lei de 1986 e são custeadas pelo governo federal.

No dia seguinte, após a confirmação da eleição de Milei, o presidente eleito convidou Bolsonaro para a sua posse em uma videochamada. O ato foi divulgado nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP): "Aceitamos o convite de Milei e estaremos em Buenos Aires para sua posse", escreveu o filho do ex-presidente brasileiro no X (antigo Twitter).

O convite gerou mal-estar entre articuladores de Lula (PT). Neste domingo (28), contudo, Diana Mondino, futura chanceler de Milei, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

A questão é que Milei atacou Lula durante a campanha. Chamou o presidente brasileiro de corrupto, razão pela qual Lula teria sido preso. As relações bilaterais acabaram comprometidas e Mondino veio a Brasília para tentar aparar as arestas. Na ocasião, Mondino entregou uma carta com um convite pessoal para que o petista esteja na solenidade.

A presença do chefe do Executivo brasileiro, todavia, não é dada como certa. Isto porque Milei passou sua campanha inteira atacando Lula. Em manifestações públicas, chamou o presidente brasileiro de corrupto e o acusou de tentar interferir no processo eleitoral argentino, em prol do candidato de esquerda peronista que ficou em segundo lugar na disputa, Sergio Massa.

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