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Meio Ambiente

Governo decide prorrogar até abril de 2021 presença das Forças Armadas na Amazônia Legal

O decreto de prorrogação deve ser assinado até a próxima semana

AmazôniaAmazônia - Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

O governo federal decidiu prorrogar até abril de 2021 a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que chefia o Conselho da Amazônia, disse, nesta segunda-feira (26), que a decisão de prorrogar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), que terminaria em novembro, já está tomada. De acordo com Mourão, o decreto da prorrogação será assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) até a semana que vem.

"Precisamos prosseguir porque a gente quer entrar no círculo virtuoso de queda do desmatamento. É o nosso compromisso que a gente tem que derrubar isso aí. E, para derrubar, precisamos ter gente tem campo fiscalizando", disse o vice-presidente a jornalistas nesta manhã.

Segundo Mourão, dos R$ 400 milhões que haviam sido alocados para a Operação Verde Brasil 2, ainda restam R$ 180 milhões. O vice-presidente disse que, como são recursos previstos para 2020, eles têm que ser empenhados até o final deste ano.



Mourão disse ainda que o Conselho da Amazônia voltará a se reunir na terça-feira (3) para a apresentação final do planejamento estratégico, avaliação da Operação Verde Brasil 2, discussão sobre o avanço da regularização fundiária conduzida pelo Ministério da Agricultura, bem como a situação do Ibama e do ICMBio, que recentemente enfrentaram problemas por alegada falta de recursos.

Também está prevista para a semana que vem uma viagem oficial do governo brasileiro para a região amazônica para tentar minimizar a imagem negativa de países europeus sobre o enfrentamento do desmatamento ilegal. O tour com embaixadores deve ocorrer entre quarta-feira (4) e sexta-feira (6).

Mais uma vez, Mourão comentou a briga pública entre os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). O entrevero teve início na semana passada, quando uma nota no jornal O Globo, na quinta (22), afirmou que Salles estava esticando a corda com a ala militar do governo em decorrência do episódio envolvendo a falta de recursos no Ibama -o ministro do Meio Ambiente disse que, sem dinheiro, brigadistas interromperiam atividades de combate a incêndios e queimadas.

A pressão ocorre nos bastidores desde agosto, mas agora veio a público com a manifestação de Salles nas redes sociais. Republicando imagem com o título da nota do jornal O Globo, ele citou nominalmente Ramos e pediu ao militar para parar com uma postura de "maria fofoca".

No domingo (25), Salles estendeu uma bandeira branca ao pedir desculpas publicamente a Ramos em uma rede social. O chefe da Segov também foi à internet encerrar o assunto. "Havendo alguma rusga entre membros do Estado Maior, o comandante tem que intervir e dizer 'olha, minha gente, vamos baixar a bolinha aí, vamos se acalmar e respeitar-se'", disse Mourão nesta segunda.

"Não existe unanimidade porque toda unanimidade é burra, já dizia Nelson Rodrigues, mas a gente, quando for discutir determinados assuntos, tem que discutir intramuros, e não por fora", afirmou o vice-presidente.

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