Logo Folha de Pernambuco

PEC

Governo desiste de propor veto a militares em ministérios

PEC que proíbe integrantes da ativa das Forças Armadas de disputar eleição deve ser enviada ao Congresso

Ministro Jaques WagnerMinistro Jaques Wagner - Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O líder do governo no Senado, Jaque Wagner (PT-BA), afimou nesta quarta-feira que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê veto a participação de militares da ativa nas eleições não incluirá mais uma restrição para integrantes das Forças Armadas assumirem o cargo de ministro de Estado. A supressão configura um recuo do governo, que havia incluído um artigo no texto prevendo a proibição. Para Wagner, contudo, a medida "poderia caracterizar um tom discriminatório".

— O texto original pensava nisso (retorno ao quartel depois do ministério), mas um é ato voluntário (eleição), outra é decisão por uma pessoa que tem legitimidade pelo povo. Vai ser decisão do presidente eleito com seu ministro da Defesa. Vamos tratar do que é macro — afirmou Wagner.

O governo federal deve enviar nos próximas dias ao Congresso uma PEC para restringir a participação de militares na política. Para valer nas eleições do ano que vem, no entanto, o texto precisaria ser aprovado no Congresso Nacional até outubro, o que não deve acontecer.

A proposta é uma reação à politização das tropas observadas no gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado pela ampla presença de militares em cargos no governo. Entre eles, está o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, militar da ativa que chegou a ser investigado no Exército por participar de um ato com características políticas ao lado do ex-presidente. A ação fere o Estatuto Militar e abre espaço para punições.

Veja também

Militar 'kid preto' será ouvido na próxima semana, e PF deve complementar relatório enviado ao STF
PLANO GOLPISTA

Militar 'kid preto' será ouvido na próxima semana, e PF deve complementar relatório enviado ao STF sobre plano golpista

Mesmo após mobilização, candidatos apoiados por Bolsonaro perdem em eleições da OAB pelo País
ADVOGADOS

Mesmo após mobilização, candidatos apoiados por Bolsonaro perdem em eleições da OAB pelo País

Newsletter