POSSE PRESIDENCIAL

'Governo disposto a ser diverso', diz Ivan Baron, influenciador que subiu a rampa ao lado de Lula

Com milhares de seguidores nas redes, o influencer que tem paralisia cerebral causada por meningite fala sobre o preconceito com as pessoas PcDs

Lula recebeu faixa presidencial de representantes da sociedade civil Lula recebeu faixa presidencial de representantes da sociedade civil  - Foto: Evaristo Sa/AFP

Um dos nomes mais citados nas redes sociais, o influenciador digital Ivan Baron compôs o grupo que subiu a rampa do Congresso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de passagem da faixa presidencial. Ao lado de outros nomes, ele simbolizou a diversidade do povo brasileiro. Ivan tem paralisia cerebral provocada por uma meningite viral e se tornou influenciador digital, falando nas redes sobre pessoas com deficiência. Ivan, que é potiguar, contou ter sido convidado pela primeira-dama, Janja Silva, há uma semana. Para ele, a representatividade da sua participação também sela um compromisso do governo de Lula com a pauta capacitista.

"O povo brasileiro empossou um presidente. Isto mostra um governo que se coloca disposto a ser diverso. A roupa que usei diz muito sobre a representatividade que espero. A moda é política e inclusiva, por isso minha roupa traz frases de empoderamento e o recado "parem de nos excluir". Eu tive paralisia cerebral, é verdade, mas, apesar do nome, isso nunca me paralisou. É um combustível para realizar os meus sonhos", disse.

Outros nomes que compuseram o grupo
A responsável por colocar a faixa, no entanto, foi a catadora de materiais recicláveis Aline Sousa, que tem 33 anos, contou ter sido convidada para participar da cerimônia há dez dias. Desde então, ela manteve o segredo, mesmo em relação ao seu marido. O pequeno Francisco, de 10 anos, também presente no momento, é morador de Itaquera, corintiano e ficou em primeiro lugar em 2022 no campeonato de natação da Federação Aquática Paulista. O cacique Raoni Metuktire é uma das principais lideranças indígenas do Brasil, reconhecido mundialmente, e hoje tem 90 anos.

Completaram o grupo Weslley Rodrigues Rocha, de 36 anos, metalúrgico do ABC desde seus 18; Murilo de Quadros Jesus, de 28, professor de português e morador de Curitiba; Jucimara Fausto dos Santos, cozinheira que mora em Maringá (PR); e Flávio Pereira, de 50 anos, artesão que esteve na vigília em Curitiba durante a prisão de Lula.

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