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Governo do Ceará processa Ciro Gomes por acusar gestão de corrupção

Em evento na semana passada, ex-ministro fez críticas nominais ao governador Elmano de Freitas

Elamno de Freitas e Ciro GomesElamno de Freitas e Ciro Gomes - Foto: Divulgação/José Cruz/Agência Brasil

O governo do Ceará, por meio da Procuradoria-Geral do Estado, acionou a Justiça contra o candidato à Presidência nas eleições de 2022 do PDT, Ciro Gomes. Isto porque, em um evento na semana passada, o pedetista acusou a gestão de Elmano de Freitas (PT) de corrupção em obras públicas. Sem apresentar provas, Ciro afirmou que há o pagamento de propina nessas realizações.

Neste contexto, a PGE acionou o Tribunal de Justiça do Ceará afirmando que não houve responsabilidade com a imagem do governo, assim como dos servidores, e alega que a execução de obras públicas perpassam por etapas legalmente preestabelecidas.

"Ao apontar, sem provas e sem dados, que a máquina administrativa estatal somente funciona com propina. É uma acusação generalizada e incauta de corrupção, a recair sobre tudo e todos. Um abuso", diz trecho do documento assinado pelo procurador Rafael Machado Moraes.

A declaração em questão ocorreu durante um evento do PSDB, em que o pedetista compareceu para dar apoio ao ex-senador tucano Tasso Jereissati.

"Tá tudo dominado, que nem as periferias estão pelas facções criminosas. Eu vou dizer para vocês, hoje, no Ceará, que era famoso pela decência, (...) não se realiza uma obra pública sem pagar propina! Uma obra pública sequer se realiza nesse Estado sem pagar propina aos donos do poder que estão aí. Quem quiser investigar é fácil; na Secretaria de Infraestrutura; na Superintendência de Obras, na Secretaria, enfim, todas elas estão controladas; no Detran, na questão da CAGECE, todo canto" acusou Ciro.

Diante do episódio de "afirmações graves e temerárias", o governo solicita indenização por danos morais. A ação agora corre na 14ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

Alfinetadas no irmão
Neste mesmo evento em que criticou a gestão de Elmano, Ciro deu uma indireta ao seu irmão, o senador Cid Gomes que defende uma composição com o PT e o governo do estado. Na ocasião, ele afirmou que sua ala no PDT "não aceita suborno". A declaração ocorreu três dias após o encontro do partido no Rio de Janeiro em que quase chegou as vias de fato com Cid.

"O Ceará, Fortaleza, precisa muito de Tasso Jereissati e do PSDB. E contem conosco, contem conosco, porque esse pedaço de PDT que tá aqui não aceita suborno" disse o ex-governador, ao lado de políticos de sua ala, como o atual prefeito de Fortaleza José Sarto e o antecessor, Roberto Cláudio.

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