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Oriente Médio

Governo fará apelos para saída de brasileiros de Gaza; 'Nossa esperança é diária', diz embaixador

Contatos com autoridades de Israel e do Egito serão reforçados

Aeronanave chegando com os repatriados do Oriente MédioAeronanave chegando com os repatriados do Oriente Médio - Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O governo brasileiro vai aumentar os esforços para que os cerca de 30 brasileiros que estão na Faixa de Gaza entrem na próxima lista de estrangeiros autorizados a sair do local pelo Egito. O objetivo é conseguir autorização para que os nacionais atravessem a fronteira e, com isso, saiam da área de conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas até sexta-feira (3). Porém, até o momento não há indicações concretas.

— Nossa esperança é diária — afirmou ao Globo o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.

Ele lembrou que pessoas de outras nacionalidades também tentam ser repatriada. Lembrou que Israel sinalizou que novas listas de estrangeiros que poderão deixar Gaza serão divulgadas. Não havia brasileiros na primeira leva beneficiada com a abertura da fronteira pelo Egito.

Segundo interlocutores da área diplomática, o chanceler Mauro Vieira voltará a procurar representantes de países envolvidos nas negociações para a retirada de pessoas das áreas de conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, com ênfase para autoridades israelenses e egípcias. Vieira está de volta ao Brasil, após participar de reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas em Nova York.

Um integrante do governo disse que a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrar no circuito não está descartada. Desde que o conflito na região começou, no dia 7 de outubro, Lula conversou com os presidentes de Israel, Isaac Herzog; do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi; e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Na última segunda-feira, quando ainda estava em Nova York, Mauro Vieira falou ao telefone com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Qatar , Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani; e o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken.

Em ambos os casos, o tema foi a crise israelo-palestina e os esforços para a liberação da passagem de estrangeiros retidos em Gaza ao Egito. As negociações na ONU de uma resolução de apoio humanitário também entrou na agenda.

O chanceler brasileiro já falou com sua contraparte egípcia, Sameh Shoukry, quatro vezes, uma delas pessoalmente no Cairo, às margens de uma cúpula de líderes para discutir a crise. Vieira conversou duas vezes com o chanceler israelense, Eli Cohen.

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