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8 de janeiro

Governo faz monitoramento diário antes do 8 de janeiro: "Não há informação de ato mais agressivo"

Número dois do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou nesta terça-feira que o país "não tem mais um secretário de Segurança Pública do DF ligado diretamente com o golpismo"

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli  - Foto: Isaac Amorim/MJSP

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, afirmou nesta terça-feira que o governo organiza uma operação de segurança com monitoramento diário para investigar a eventual chegada de manifestantes anti-democráticos para o 8 de janeiro. O número dois da pasta disse que não há nenhuma informação concreta sobre “atos agressivos”.

— Manifestações políticas são bem-vindas e fazem bem à democracia, mas por precaução nós já estamos preparando uma operação de segurança exemplar, porque vamos ter os presidentes dos Três Poderes constituídos e governadores — afirmou em entrevista à Globo News.

O evento em Brasília vai marcar um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Os extremistas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. O STF já condenou 25 pessoas por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. As penas variam até 17 anos.

Segundo Capelli, o objetivo da cerimônia deste ano é de celebração democrática, “para festejar o fortalecimento da democracia brasileira após aqueles atos inaceitáveis”. A data terá um sistema de “monitoramento compartilhado” e contará com a presença dos presidentes dos Três Poderes e de governadores.

— O monitoramento é diário e compartilhado, com PF, Secretaria Nacional de Justiça, PRF e ANTT. A mudança é que hoje nós temos um secretário que é delegado respeitado e que trabalha em absoluta cooperação. Não temos mais um secretário de Segurança Pública do DF ligado diretamente com o golpismo — declarou.

Cotado para assumir a pasta da Justiça após a saída do ministro Flávio Dino, que assume uma das cadeiras do STF no dia 22 de fevereiro, Capelli afirmou que continua trabalhando normalmente e que Lula “sabe tomar as decisões no momento que achar mais adequado”.

— Recebemos uma missão do presidente Lula de auxiliar a estabilização da democracia no Brasil e enfrentar a questão da segurança pública. Com a aprovação da ida de Dino para o STF, surgem especulações, mas o trabalho não para — disse.

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