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BRASIL

Governo federal gasta mais de R$ 70 milhões em resgate de brasileiros no Líbano

Operação começou em 2 de outubro, quando Israel atacou mirou o grupo terrorista Hezzbolah

Avião da FAB que resgata brasileiros no Líbano Avião da FAB que resgata brasileiros no Líbano  - Foto: Divulgação/FAB

A operação que resgatou mais de 2 mil brasileiros que estavam no Líbano custou pouco mais de R$ 70 milhões aos cofres públicos. Dados obtidos pelo GLOBO via Lei de Acesso à Informação mostram que a Força Aérea Brasileira (FAB) gastou R$ 70.034.585,48 até 19 de dezembro, em 13 voos de repatriação. Os valores são referentes à logística de uso das aeronaves, horas voo e diárias para tripulação.

O Itamaraty, por sua vez, desembolsou R$ 134.771,52 para custear diárias e passagens, além de R$ 177.114,88 para custear o deslocamento de integrantes do Serviço Exterior Brasileiro.

O governo priorizou o resgate dos brasileiros não residentes, seguido pelos idosos residentes, mulheres gestantes, crianças e pessoas com deficiência. A operação começou em 2 de outubro, quando Israel atacou o Líbano mirando o grupo terrorista Hezzbolah.

 

O balanço final da operação contabiliza 1.198 mulheres (15 gestantes), 645 crianças de até 12 anos, 247 pessoas com deficiência, 290 idosos, além de 34 animais domésticos. O governo também resgatou familiares libaneses, sírios, paraguaios, argentinos, uruguaios, holandeses, venezuelanos, chilenos, colombianos, palestinos, franceses, peruanos e jordanianos.

Houve ainda 346 pessoas que não compareceram no aeroporto, apesar de terem solicitado a repatriação. Casos de desistências já eram esperados pelo Ministério das Relações Exteriores. Outras 1.056 pessoas desistiram antes de finalizar o processo. A maioria delas conseguiu meios particulares de voltar ao Brasil ou se deslocar para outras regiões.

Foram mais de 300 horas de voo realizado pela Força Aérea Brasileira, com a mobilização de 48 profissionais, sendo 16 médicos, 15 psicólogos e 16 enfermeiros. Além disso, as aeronaves levaram 27,3 toneladas de medicamentos e insumos hospitalares, além de 62,5 toneladas de alimentos. Em 12 dos 13 voos de resgate, o KC-30. Em uma delas, o KC-390 Millennium.

Saúde e hospedagem
De acordo com o governo, a Força Nacional do SUS realizou mais de 2,4 mil atendimentos a repatriados com uma equipe formada por 169 profissionais. Foram 1.815 atendimentos psicossociais e 627 assistenciais.

O governo investiu aproximadamente R$ 195 mil em hospedagem temporária e alimentação de 856 pessoas. A empresa aérea Latam emitiu 83 passagens aéreas e a sociedade civil contribuiu com a emissão de 92 passagens de ônibus com destino a diferentes cidades.

A operação
Em razão da escalada do conflito, todas as operações precisaram ser revistas minutos antes de acontecerem, mesmo aquelas que já estavam autorizadas. O governo também precisou estudar rotas alternativas em razão dos bombardeios que ocorreram ao redor do aeroporto de Beirute.

O avião predominantemente usado para o resgate foi o modelo KC-30 da Força Aérea Brasileira, aeronave de grande porte, com três corredores e capacidade para mais de 200 pessoas.

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