Governo Lula conversará com outros países sobre impacto de novas prisões na Venezuela nas eleições
Brasil avalia se os últimos acontecimentos ferem o Acordo de Barbados, firmado entre governo e oposição da Venezuela
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia se os últimos acontecimentos na Venezuela terão impacto nas eleições naquele país, marcadas para o próximo mês de julho. Segundo interlocutores da área diplomática, o Brasil também manterá contatos com outros países, além de representantes do presidente Nicolás Maduro e da oposição.
As conversas vão ocorrer com países que participaram das negociações do Acordo de Barbados, firmado entre governo e oposição da Venezuela, no fim do ano passado, para garantir que as eleições sejam transparentes, livres e justas. São eles Estados Unidos, Colômbia, Noruega, entre outros, também incluindo a União Europeia.
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Um dos desafios é descobrir se a prisão de pessoas ligadas a María Corina Machado, opositora de Maduro que foi considerada inelegível pela Justiça venezuelana por 15 anos, é, de fato, um retrocesso no que foi negociado em Barbados. Um integrante do governo brasileiro ressaltou que ainda é precipitado chegar a uma conclusão sem uma avaliação minuciosa.
Na última quarta-feira, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou vários membros do partido da líder opositora de planejar "ações desestabilizadoras" no país e ordenou a detenção de alguns de se seus principais assessores. Segundo a acusação, o objetivo dos funcionários do Vem Venezuela seria provocar um motim em protesto à inabilitação da candidatura de María Corina às eleições presidenciais, em 28 de julho.