Governo Lula pede fim imediato de incursão terrestre de Israel no Líbano
Israel iniciou ataque terrestre na noite passada e tem como alvo núcleos do grupo terrorista Hezbollah
O governo brasileiro afirmou que está acompanhando, "com grave preocupação" a incursão terrestre de Israel no território libanês, e pede o fim do ataque.
A invasão foi iniciada na madrugada de terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil), no que o governo israelense considera ser a "nova fase" na guerra contra o Hezbollah, em meio a pesados bombardeios há pelo menos duas semanas.
A ofensiva ocorre dois dias após a confirmação da morte do líder do grupo político-militar, Hassan Nasrallah, atingido por um bombardeio contra a base do Hezbollah nos subúrbios de Beirute.
A força de paz da ONU, no sul do Líbano, alertou que qualquer travessia para o país violaria sua soberania.
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"O governo brasileiro (...) também deplora a continuidade dos ataques aéreos israelenses a várias regiões do país, que provocaram, desde o passado dia 17, a morte de mais de 1000 pessoas, incluindo 2 adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos", diz nota do Itamaraty.
"Ao reafirmar a defesa do pleno respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano, o Brasil insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país", completa.
Ataques direcionados
As Forças Armadas de Israel afirmaram que a operação realizará "ataques limitados, localizados e direcionados" contra o Hezbollah em áreas próximas à fronteira, e que esses locais representam "uma ameaça imediata às comunidades israelenses".
Nesta terça-feira, a Aeronáutica informou que um avião fará o resgate de um grupo de 220 brasileiros que está no Líbano, partindo do Rio de Janeiro amanhã.
A aeronave KC-30 fará uma escala em Lisboa e depois seguirá para o Aeroporto de Beirute.
"A Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos nacionais no Líbano, em contato permanente com os brasileiros no país, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial. O Itamaraty e o Ministério da Defesa organizam conjuntamente a realização de voo de repatriação para retirada de brasileiros", diz o Itamaraty.
O ministério também alerta para que todos os brasileiros deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território por meios próprios.