Grupo é preso no DF pela PM por estender cartaz com suástica contra Bolsonaro
Os cinco manifestantes que protestavam na Praça dos Três Poderes foram acusados de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional
Cinco manifestantes foram presos no Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (18) por estenderem um cartaz que associava o presidente Jair Bolsonaro a uma suástica nazista.
A faixa continha os dizeres "Bolsonaro genocida", acompanhados de desenho baseado em charge de Renato Aroeira que fez com que ele se tornasse alvo de pedido de inquérito do ministro da Justiça, André Mendonça.
"A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido, na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o Presidente de genocida ao lado do símbolo nazista. Os homens foram levados para a Delegacia da Polícia Federal", diz nota da Polícia Militar do Distrito Federal.
A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) dirigiu-se à delegacia da Polícia Federal. Ao menos um dos detidos é militante do partido.
Leia também
• Bolsonaro afirma que iniciativa privada é fundamental para projetos na Amazônia
• Mourão diz que rejeição de Bolsonaro pode ser revertida
• Felipe Neto é chamado para depor por chamar Bolsonaro de genocida
Intimado na segunda (15) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor em uma investigação por suposto "crime contra a segurança nacional" por ter chamado Bolsonaro de "genocida", o youtuber Felipe Neto escreveu em suas redes sociais que colocará à disposição do grupo a frente de advogados "Cala a Boca Já Morreu".
Neto criou a frente para assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrariamente ao presidente Jair Bolsonaro ou por expressarem uma ideia e criticarem alguma autoridade pública.
Considerada um dos principais entulhos autoritários da ditadura que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, a Lei de Segurança Nacional foi retirada do ostracismo pelo governo do ex-capitão do Exército.
Ela passou paradoxalmente a ser usada também contra o bolsonarismo, em especial nas investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal sobre as manifestações antidemocráticas e, mais recentemente, na ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).