GSI impôs sigilo sobre imagens que mostram ministro e se negou a entregá-las à Câmara e à CPI do DF
Órgão é comandado pelo general Gonçalves Dias, que estava no Palácio na hora da invasão
Comandado pelo general Gonçalves Dias, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República impôs sigilo às imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto que mostram o momento da invasão no dia 8 de janeiro.
O órgão se recusou a entregar o material à CPI dos atos golpistas da Câmara Distrital do DF e à deputada federal Adriana Ventura (Novo), que requisitaram formalmente o arquivo.
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À CPI, o órgão alegou que seria inviável passar as imagens em função do seu tamanho: “O circuito interno do Palácio do Planalto é composto de 22 câmeras, sendo que o período solicitado por essa CPI representa cerca de 165 horas de gravação, algo em torno de 250 gigabytes de memória”, diz o documento enviado à comissão.
Para a deputada federal, o GSI justificou o sigilo argumentando que as imagens revelavam a identidade de servidores militares que trabalham no Planalto.
Desde janeiro, o ministério vem rejeitando diversos pedidos para a obtenção das imagens por meio da Lei de Acesso à Informação. Neste caso, o sigilo decretado tem um prazo de cinco anos. Diferente do Planalto, as presidências do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional disponibilizaram as imagens ao público.
Segundo apurações do Globo, o material, que está sob guarda do GSI, já foi remetido à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma das principais frentes de investigação da PF mira justamente na suposta leniência de servidores do GSI, que tinham a função de proteger o Planalto.