Senado

Haddad prevê 60 votos a favor da reforma tributária no Senado

Proposta deverá ser votada no Plenário na próxima semana

Ministro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Diogo Zacarias/MF

Já aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de reforma tributária começa a ser discutido e votado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na próxima terça-feira (7). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está otimista. Contabiliza pelo menos 60 votos em plenário, no dia seguinte.

“Estamos muito seguros de que o relatório está bem-feito, de que nós teremos, se Deus quiser, uma maioria boa no Senado e que vai ser possível promulgar a emenda constitucional ainda esse ano”, disse Haddad, que na tarde da última quinta-feira teve uma longa reunião com o relator da matéria no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM).

Ele apresentou ao ministro o relatório da PEC (Proposta de Emenda Constitucional), prevista para chegar ao plenário na quarta-feira da semana que vem. O ministro voltou a afirmar que a meta do governo é obter ao menos 60 votos favoráveis à proposta, que precisa de 49 para ser aprovada.

Após a reunião com Braga, os dois anunciaram que serão feitas ainda apenas mudanças no texto, em sua maioria de redação, recomendadas por sua equipe técnica. O principal obstáculo para a formação de uma maioria pela reforma é o alinhamento entre os interesses da Fazenda, contrária à criação de alíquotas especiais, e de grupos de lobby que pressionam por exceções que favoreçam os seus clientes.

Haddad diz estar confiante quanto à possibilidade de os senadores ponderarem em favor de um meio termo. Sua esperança está na capacidade de Eduardo Braga e do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que relatou a reforma na Câmara, em chegar a um meio termo entre os interesses do governo e do mercado.

“Eles sabem das dificuldades, eles sabem os grupos de interesse que se manifestam ali. Eles sabem que o jogo é bruto, e as pessoas precisam resistir, com bom senso e argumento, para compor os votos necessários. Nós precisamos de 49 votos para aprovar uma PEC, mas queremos mais de 60”, apontou.

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