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polícia federal

Horas antes de Carlos se tornar alvo da PF, Bolsonaro negou existência de "Abin paralela"

Em live na noite deste domingo, ex-presidente afirmou que em sua gestão não havia monitoramento ilegal e chamou ex-diretor de "cara fantástico"

Carlos ao lado do pai, o então presidente Jair Bolsonaro, durante debate nas eleições de 2022Carlos ao lado do pai, o então presidente Jair Bolsonaro, durante debate nas eleições de 2022 - Foto: Nelson Almeida/AFP

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou na noite deste domingo que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) praticasse monitoramento ilegal de adversários políticos durante o seu governo. Em live com os seus filhos, o ex-mandatário caracterizou a "Abin paralela" como uma "narrativa" e chamou o ex-diretor, Alexandre Ramagem (PL), de "cara fantástico". A declaração foi dada horas antes de Carlos Bolsonaro (Republicanos) se tornar alvo de mandados de busca e apreensão por suspeita de participação no esquema.

"Agora a nova narrativa é a tal da "Abin paralela" essa acusação em cima do Delegado Ramagem, um cara fantástico (...) eu não tenho inteligência da Abin, da PF, da Marinha, da Aeronáutica, não chegava nada para mim. A minha inteligência eu ligava para um posto militar e atendia um cabo velho. As oficiais que estão por ai, respeitosamente, para mim não chegava nada. Não sei se se alguém segurava pelo caminho ou desinformava — disse Bolsonaro.

Na manhã desta segunda-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e gabinete do vereador por suspeita de participação no esquema de espionagem ilegal que teria ocorrido na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante o mandato de seu pai.

Na quinta-feira passada, Alexandre Ramagem também teve seus endereços investigados no escopo desta operação.

A investigação tem origem em matérias do Globo de março passado que revelaram a existência de um programa secreto, o "FirstMile", que teria sido utilizado para monitorar a localização de adversários do governo.

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