Indicação de Zanin ao STF deve ser selada por Lula em viagem à China
Expectativa é de que tema seja discutido com Rodrigo Pacheco, que faz parte da comitiva presidencial
Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve usar a viagem à China para selar a indicação do substituto. Hoje, o favorito para ocupar a vaga é o advogado Cristiano Zanin, de 47 anos, que foi advogado do presidente e responsável pela estratégia que derrubou sua condenação.
Na comitiva presidencial que embarcou hoje ao país asiático está uma peça fundamental para o trâmite do processo de indicação à Corte: Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado. A expectativa no entorno dos dois é de que o tema seja tratado ao longo da viagem, uma vez que a temperatura no Senado é estratégica para a aprovação do nome escolhido.
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Além de Pacheco, também estão no grupo que vai à China três integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável por sabatinar o nome escolhido por Lula: Renan Calheiros (MDB-AL), Eliziane Gama (PSD-MA) e Augusta Brito (PT-CE). O presidente do colegiado, Davi Alcolumbre (União-AP), contudo, ficou no Brasil.
Por isso, a expectativa de quem acompanha o processo de perto no STF é que a indicação só seja anunciado a partir do retorno do presidente ao Brasil, na próxima segunda-feira.
Lewandowski foi um dos oito ministros indicados por Lula ao STF ao longo de seus dois mandatos anteriores. Com a próxima nomeação, o presidente terá escolhido nove integrantes para a Corte. Apesar da posição consolidada de Zanin, Lewandowski apoia o nome de Manoel Carlos de Almeida Neto, seu ex-assessor e hoje diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).