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ATO POLÍTICO

Indígena, senadores e até filho de Bolsonaro: ato em Copacabana teve discursos 'cancelados'

Segundo o pastor Silas Malafaia, principal organizador do evento, a definição sobre os 'vetos' partiu do próprio ex-presidente

O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, não discursou no ato deste domingo, em Copacabana, no RioO senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, não discursou no ato deste domingo, em Copacabana, no Rio - Foto: Redes Sociais/Reprodução

O ato em apoio a Jair Bolsonaro (PL) na Praia de Copacabana , Zona Sul do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo, deixou políticos do PL que haviam se programado para falar sem discursar. Ficaram nessa condição os deputados federais Helio Lopes (RJ) e Silvia Waiãpi (AP) e os senadores Flávio Bolsonaro (RJ), Marcos Rogério (RO) e Rogério Marinho (RN). Segundo o pastor Silas Malafaia, principal organizador do evento, a definição partiu do ex-presidente devido às condições climáticas na capital fluminense.

— Bolsonaro viu o sol violento, pessoas começaram a passar mal, e ele virou para mim e disse assim: “Malafaia, vamos cortar, vai dar zebra. Falam Nikolas (o deputado federal Nikolas Ferreira, de MG), você e eu, porque vai dar zebra”. Por isso saíram cortando todo mundo — disse o pastor ao GLOBO.

O evento, que foi encerrado pouco depois de 12h, após o discurso de Bolsonaro, registrou atendimentos no posto médico. A equipe de reportagem presenciou dois desmaios que teriam sido causados pelo calor. Neste domingo, o termômetro marca 28ºC no Rio, e a umidade do ar está em 56%.

Segundo ato organizado por Malafaia
A manifestação em Copacabana é a segunda organizada por Silas Malafaia nos últimos meses para ajudar Bolsonaro a demonstrar força política. A primeira, em fevereiro, foi na Avenida Paulista, em São Paulo. 

Ao GLOBO, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que pertence à igreja de Malafaia, falou sobre a iniciativa:

— Sempre esperamos o apoio do povo que acredita nos nossos valores, em especial na liberdade de expressão — disse.

Políticos bolsonaristas fizeram uma “vaquinha” para arrecadar dinheiro para o ato, com organização do próprio Sóstenes. As transferências também acabaram valendo como uma espécie de direito de acesso ao trio elétrico de Bolsonaro. No total, a iniciativa conquistou R$ 125 mil.

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