Instituto de Defesa do Consumidor questiona Prevent por denúncias de coação de médicos
Informações fazem parte de inquérito do MP de SP enviado à CPI da Covid
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) questiona na Justiça denúncias de coação feitas por médicos e a falta de medidas da Prevent Senior para informar os usuários sobre os riscos do uso do chamado kit covid, que associa medicações como hidroxicloroquina, azitromicina e a ivermectina.
Desde o começo da pandemia, a ONG de Defesa do Consumidor fez uma série de notificações extrajudiciais enviadas à operadora. Os documentos, que são sigilosos,estão em posse da CPI da Covid-19 no Senado. O material ajudou a instruir um inquérito do Ministério Público de São Paulo sobre a prescrição de tratamento precoce até para pacientes sem teste positivo para a doença.
Leia também
• Diretor da Prevent confirma que retirava menção a Covid-19 de fichas de pacientes internados
• Certidão de óbito de Anthony Wong e da mãe de Luciano Hang omitiram Covid, mostram documentos
• Diretor da Prevent nega ter demitido médicos que não prescreveram tratamento precoce
Leia mais: Médico que denunciou Prevent Senior vai à polícia e relata ameaças de diretor da empresa que está na mira da CPI da Covid
De acordo com levantamento feito pelo Idec junto à Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), que registra pedidos de testes clínicos submetidos, a Prevent Senior propôs 23 estudos sobre Covid-19 desde o início da pandemia. Algumas destas pesquisas, segundo os documentos, analisaram o desempenho de células-tronco, extrato de palmeira de açaí e até suplementos alimentares para ganho de massa muscular (“Whey Protein”). Pelo menos três se propunham a testar a eficácia de medicamentos usados no chamado “tratamento precoce” da Covid.