Investigações na PF são obstáculos para redução de tensão entre Bolsonaro e STF no curto prazo
O presidente da República começou a quinta-feira(12) falando em diminuir o tom e encerrou o dia na tradicional live chamando o ministro Luís Roberto Barroso de tapado
As investigações em andamento na Polícia Federal por ordem do TSE e do STF são obstáculos para Jair Bolsonaro colocar em prática a promessa de diminuir a pressão no enfrentamento com ministros por causa do voto impresso.
O presidente da República começou a quinta-feira(12) falando em diminuir o tom e encerrou o dia na tradicional live chamando o ministro Luís Roberto Barroso de tapado e perguntando se Alexandre Moraes quer intimidá-lo com as abertura de apurações.
A mudança de humor em poucas horas se deu pela abertura de dois inquéritos por decisão de Moraes e a tomada de depoimento do ministro Anderson Torres (Justiça) e do militar Eduardo Gomes da Silva pelo corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão.
Além de ouvir os dois, Salomão autorizou a PF a seguir com a investigação e ouvir todos envolvidos na live, como antecipou o Painel.
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Nas próximas semanas, deverão ser ouvidos todos os envolvidos na live e nos ataques ao sistema de urnas eletrônicas.
Como mostrou a coluna Painel, outra linha de investigação no inquérito do TSE é sobre o uso da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) para fins políticos.
A PF também conduz ao menos mais três investigações que miram Bolsonaro e seus apoiadores: o inquérito das fake news, a apuração sobre organização criminosa derivado dos atos antidemocráticos e a denúncia de possível interferência na corporação feito por Sergio Moro ao pedir demissão do governo.