Investimentos em refinaria e construção da Escola de Sargentos deverão gerar mais de 40 mil empregos
Os dois empreendimentos são o motivo da agenda de dois dias do presidente Lula em Pernambuco
A retomada de investimentos na ampliação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, vai gerar 30 mil empregos diretos e indiretos. Já a construção da Escola de Formação de Sargentos do Exército, em Abreu e Lima, orçada em R$ 1,7 bilhão, deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e outros 17 mil indiretos.
Ambos empreendimentos, razão da agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Pernambuco nesta quinta (18) e sexta-feiras (19), foram temas de entrevistas coletivas nesta quarta-feira (17), na sede da Superintendência Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Quanto ao projeto Rnest, o investimento está previsto no Plano Estratégico da Petrobras para os próximos quatro anos e também foi incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Participação da refinaria
Já em fase de contratação, a construção do Trem 2 da refinaria tem data para finalização em 2028, quando passará a ter capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia. As obras do Trem 2 estão previstas para o segundo semestre de 2024. “A refinaria hoje responde por 6% de toda a capacidade de refino da Petrobras e, atualmente, por 15% de toda a produção de diesel S10 da Petrobras”, afirmou o gerente geral da refinaria, Márcio Maia.
“Em relação às obras do Trem 2, a gente está licitando. O recebimento das propostas técnicas e econômicas está previsto para o fim de fevereiro”, revelou a gerente executiva de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, Mariana Cavassin.
Ainda este ano também começam as obras para a ampliação da produção do Trem 1, que proporcionará aumento de carga, melhor escoamento de produtos leves e maior capacidade de processamento de petróleo do pré-sal. A expectativa de conclusão é para o primeiro trimestre de 2025.
Segundo o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, está sendo feito um esforço para trazer de volta trabalhadores dispensados da refinaria. “Nossa expectativa é reativar o cadastro daqueles colaboradores que ajudaram a construir a refinaria”, garantiu.
Escola de Sargentos
Quanto à Escola de Sargentos, o gerente do Subprograma de Implantação da Escola, general Joarez Alves Pereira Júnior, do Comando Militar do Nordeste, afirmou que o projeto foi alterado no que diz respeito à área, passando de 180 hectares (projeto inicial) para 90 hectares. Uma das modificações diz respeito à transferência da vila militar para uma área adjacente, fora do campo e da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe.
“Os 90 hectares vêm de uma proposta trabalhada com o Fórum Socioambiental feita ao Ministério da Defesa”, afirmou. Ainda de acordo com o general, não há riscos em Pernambuco perder o empreendimento para outro estado. “Estamos fazendo tudo aquilo que é previsto, que é necessário e legal para a implantação da escola. Todos os nossos estudos indicam a viabilidade dela ser implantada aqui”, garantiu.
No que diz respeito ao impacto do empreendimento na economia da região, o general foi enfático: “São 6,2 mil pessoas que vão residir nesse ambiente escolar, com uma folha de pagamento de cerca de R$ 250 milhões por ano, injetados na economia local”, calculou. Para a secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, a contrapartida mais importante do Estado tem sido a garantia de um trabalho firme de conciliação entre todas as partes envolvidas no projeto.