Irmão mais velho de Bolsonaro vira réu por caso de ameaça e homofobia a funcionário de supermercado
Caso ocorreu em Eldorado (SP) no ano passado. Angelo Guido teria dito a adolescente que ele era 'viadinho' e, posteriormente, teria empurrado um carrinho de compras contra o jovem
O irmão mais velho dos cinco do ex-presidente Jair Bolsonaro, Angelo Guido Bolsonaro, tornou-se réu após uma denúncia do Ministério Público de São Paulo por homofobia e ameaça contra um funcionário de um supermercado na cidade de Eldorado (SP), no Vale da Ribeira. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
O caso ocorreu em agosto de 2023 na cidade em que o ex-presidente viveu até os 18 anos. Em depoimento, Alex de Oliveira, que à época tinha 17 anos, disse ter dado um tapinha no ombro em um colega de trabalho no supermercado. Angelo, mais conhecido como Guido, teria dito a Alex: "Ele bateu em você? Além de usar brinco, com certeza é viadinho e não dá pra falar nada que qualquer coisa já é racismo".
De acordo com o depoimento do jovem para a polícia civil, Guido teria empurrado um carrinho de compras contra ele semanas depois, e xingado "puta que pariu". Alex, segundo depoimento, respondeu e o irmão de Bolsonaro retrucou, chamando-o de "arrombado" e dizendo que os dois poderiam "resolver lá fora" e "sair no soco".
Guido teria empurrado um carrinho contra ele e dito "puta que pariu". O funcionário teria respondido e o irmão do ex-presidente retrucado, chamando-o de "arrombado" e dizendo que se quisesse, poderiam "resolver lá fora" e "sair no soco".
Leia também
• Bolsonaro pede a Moraes devolução de passaporte para viajar a Israel
• Ministros do STF avaliam como frágeis explicação de Bolsonaro sobre estadia em embaixada da Hungria
• Novo convite de Netanyahu a Bolsonaro coincide com Dia da Independência de Israel
Ainda de acordo com o jornal, três funcionárias prestaram depoimento. Uma confirmou a frase homofóbica, enquanto as outras duas confirmaram a discussão.
Meses depois, em novembro, Guido prestou depoimento e confirmou a discussão, mas negou ter usado palavras preconceituosas. Em janeiro deste ano, o Ministério Público apresentou denúncia contra o irmão de Bolsonaro por ofensas homofóbicas.