Ironizada por Bolsonaro, cratera da Marginal Tietê vira vitrine de 'eficiência' para Doria
Seis dias após acidente em obra do metrô, tucano diz que teve "senso de urgência e determinação" para lidar com o problema
Depois de o presidente Jair Bolsonaro ironizar a cratera aberta em um obra do metrô na Marginal Tietê, na Zona Norte de São Paulo, o governador João Doria (PSDB-SP) usou as redes sociais nesta segunda-feira para mostrar que a gestão paulista conseguiu liberar o trânsito no local do acidente por meio de uma via temporária nesta manhã.
A intenção da prefeitura de São Paulo é liberar a pista local da Marginal Tietê, destruída pelo acidente, até 31 de março. O retorno da circulação de carros depende ainda de avaliações de segurança no local, após o asfalto ter cedido ao lado da obra da linha 6-Laranja após o rompimento na galeria de esgoto que passa no sentido transversal ao túnel do metrô.
O incidente preocupou o entorno do tucano que é pré-candidato a presidente da República e que trabalha para se viabilizar entre os candidatos do espectro político de centro, campo que tem sido chamado de terceira via. Embora o governo paulista tenha vitrines relevantes como a vacina Coronavac contra a Covid-19, Doria ainda não conseguiu decolar nas pesquisas de intenção de voto — no último levantamento do Ipespe, o paulista aparece com 2%.
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O buraco aberto no asfalto se tornou munição para adversários de Doria e de seu sucessor e vice-governador Rodrigo Garcia, que disputará a eleição ao Palácio dos Bandeirantes. Ao se referir ao caso da cratera na semana passada, Bolsonaro "parabenizou" Doria pelo que chamou de "transposição do Tietê".
Na tarde desta segunda-feira, Doria divulgou um vídeo em que exibe imagens suas quando chegava ao local do acidente de helicóptero e durante coletivas à imprensa organizadas por sua assessoria. Na postagem, o governador escreveu "senso de urgência e determinação para resolver os problemas". A publicação também foi feita na página oficial do PSDB.
A linha do metrô que promete ligar a Brasilândia, na Zona Norte, à Liberdade, na região central, foi retomada pelo governador depois de quatro anos de atrasos e paralisação. A obra é vista como um dos potenciais legados da gestão Doria.