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FILHO 04

Jair Renan levou itens do acervo privado de Bolsonaro durante visita ao Planalto, diz ex-funcionário

Segundo especialista, itens não possuem valor elevado

Jair RenanJair Renan - Foto: Reprodução / Instagram

Em visitas ao Palácio do Planalto durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, conhecido com o "filho 04" do ex-presidente, retirou itens do acervo do pai. A afirmação é de Marcelo Vieira, que era chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH) à época. Contudo, de acordo com o ex-funcionário, que participou do programa Estúdio I, da GloboNews, os objetos não tinham grande valor.

Vieira frisou que os itens levados por Renan faziam parte do acervo privado do ex-presidente e não pertenciam à União. Ele era responsável por revisar os presentes recebidos por Bolsonaro, julgando o que poderia ser aceito como peça para o acervo privado presidencial ou não.

Ele chegou ao cargo em 2017, durante o mandato de Michel Temer (MDB), e foi exonerado do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023, assim como outros funcionários do governo anterior.

"O filho do presidente, ele se encontrava com um influencer, inclusive filmando e fotografando, filmando. Não me recordo, acho que só filmando. E aí eu falo, 'Renan, aqui não pode filmar, por gentileza, isso é questão de resguardar o acervo do teu próprio pai, né? (...)' E ele atendeu, desligou e ficou", descreveu Vieira, antes de prosseguir.

"Imediatamente eu passo um WhatsApp para o meu chefe direto, que era o doutor Pedro, o chefe do gabinete pessoal que estava ao lado do presidente avisando, "olha, o Renan está aqui querendo pegar alguns"... Era boneco, era uma camiseta camuflada. Eu não lembro exatamente, mas eram coisas, digamos assim, nada de de valor enorme, né? E aí, está querendo pegar", afirmou, em entrevista à jornalista Andréia Sadi.

Os itens escolhidos por Renan já haviam sido separados antes de o jovem chegar ao Palácio. Mais tarde, as peças foram entregues a ele. "Eu lembro que eram coisas simples. Eu cheguei lá, estavam todos separados numa mesa separados para ele", contou Vieira.

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