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Janja

Janja atribui a "machismo" a falta de gabinete de primeira-dama no Brasil

Em declarações anteriores, Janja já havia se manifestado sobre o desejo de um espaço institucionalizado para o trabalho das primeiras-damas

A primeira-dama da República, Rosângela da Silva, conhecida como JanjaA primeira-dama da República, Rosângela da Silva, conhecida como Janja - Foto: Reprodução/Internet

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, criticou a falta de um gabinete formal para a esposa do presidente da República, afirmando que a ausência dessa estrutura está ligada ao "machismo".

Em entrevista à CNN Brasil, transmitida neste domingo, 17, ela citou Estados Unidos, México e Paraguai como países que contam com gabinetes para primeiras-damas.

"A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete e outras diversas primeiras-damas têm", argumentou a socióloga. "Ontem mesmo, recebi uma carta da primeira-dama do Paraguai que, por um problema de saúde, não pode estar no G20 com a gente e (foi enviado) da oficina da primeira-dama. Quer dizer, do gabinete da primeira-dama. Eu não posso nem colocar isso no papel", disse.

Janja disse que se quiser produzir alguma coisa, como uma carta, precisa pagar de seu próprio bolso. "Tudo é do meu bolso que eu pago, porque eu não tenho nada disso. As roupas que eu uso. Tudo, tudo, tudo sai dali." 

Em declarações anteriores, Janja já havia se manifestado sobre o desejo de um espaço institucionalizado para o trabalho das primeiras-damas. No ano passado, ela comparou sua situação à da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, que conta com um gabinete formal no governo norte-americano.

"Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros", afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, publicada em novembro de 2023.

Na ocasião, ela afirmou não participar das reuniões de trabalho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "São dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom", disse.

 

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