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Janja diz que é mais atacada nas redes sociais do que o presidente Lula

Primeira-dama foi homenageada pelo Senado no Dia Internacional das Mulheres

Lula e Janja Lula e Janja  - Foto: Evaristo Sá/ AFP

A primeira-dama, Rosangela da Silva, a Janja, disse nesta quarta-feira (8) que é mais alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais do que o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em cerimônia no Senado em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, Janja, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e outras mulheres receberam o Diploma Bertha Lutz, concedido pela Casa a pessoas que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos da mulher e a questões do gênero no país.

"Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa".

Ao discursar, a primeira-dama também tratou da sub-representação feminina no Congresso. "Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão", discursou Janja.

Estudo do Laboratório de Combate à desinformação e ao Discurso de Ódio em Sistemas de Comunicação em Rede (DDoS Lab), da Universidade Federal Fluminense, indica que as parlamentares de esquerda são duas vezes mais atacadas nas redes sociais, vítimas de violência de gênero, do que as de direita.

Segundo a pesquisa, Talíria Petrone (PSOL-RJ), Dayane Pimentel (União-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foram as parlamentares da legislatura de 2019 a 2022 mais atacadas proporcionalmente: pelo menos uma a cada três postagens direcionadas a elas continham algum nível de violência discursiva, de acordo com a pesquisa. No caso dos partidos, PCdoB, PSOL e PMB foram os alvos mais visados.

O espectro político-ideológico das parlamentares é a principal motivação das ofensas. Ataques direcionados aos partidos, às alianças, ou ao espectro político-ideológico das parlamentares foram encontradas em 22,3% das mensagens analisadas. Segundo os pesquisadores, este dado evidencia uma das consequências da radicalização política e do extremismo.

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