Logo Folha de Pernambuco

REDES SOCIAIS

Janja diz que governo discute plano de combate à violência contra as mulheres nas redes

a semana passada, a conta de Janja no "X", antigo Twitter, foi hackeada e tomada por xingamentos

A primeira-dama Janja da Silva A primeira-dama Janja da Silva  - Foto: Reprodução/redes sociais

Após ser alvo de um ataque hacker na semana passada, a primeira-dama Janja da Silva afirmou que o governo discute um plano de combate à violência contra as mulheres nas redes sociais.

Na semana passada, a conta de Janja no "X", antigo Twitter, foi hackeada e tomada por xingamentos. A primeira-dama levou cerca de 1h30 para conseguir recuperar sua página. Lula afirmou que fica "puto" com os ataques sofridos por Janja nas redes sociais.

— Eu às vezes fico puta da vida com as pessoas que atacam ela pela internet. Eu fico puto porque nunca falei da mulher de um presidente, de um deputado, de um vereador, eu acho que é uma canalhice a pessoa que faz isso.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a rede social congele a conta de Janja até a conclusão das investigações sobre a invasão, e preserve "todos os registros e elementos digitais" relacionados à conta para "subsidiar futuras ações judiciais".

No documento, a AGU afirmou que a "não observância das medidas ora requeridas será interpretada como lesão a direitos", podendo resultar em medidas judiciais cabíveis para "ressarcimento de danos, bem como para a responsabilização civil e penal dos infratores".

A conta da primeira-dama na rede social foi invadida, e o ataque hacker foi anunciado às 21h37. A Polícia Federal já atua em uma investigação preliminar. A corporação afirmou que vai abrir um inquérito ainda nesta terça-feira.
 

As mensagens postadas continham ataques contra Janja, Lula e Moraes. A AGU afirmou que a conta foi "utilizada para cometimento de crimes contra a honra em face do Exmo. Sr. Presidente da República".

Os dados de acesso indevido serão preservados pela plataforma, o que vai possibilitar à PF tentar identificar os responsáveis pelo ataque. Em nota, a Polícia Federal afirmou que "a conta foi bloqueada para novas publicações a pedido da Polícia Federal após postagens ofensivas contra a senhora Janja e o Presidente da República."

No domingo, Janja reativou sua conta na rede social e afirmou que também teve as contas de e-mail e do LinkedIn invadidas.

"Por isso, decidi seguir firme e atuante nas redes sociais, mais uma maneira de continuar lutando para que todas as mulheres possam viver suas vidas livres de violência", afirmou a primeira-dama, ano anunciar a volta à rede.

A primeira-dama contou ainda que os ataques a fizeram pensar em não manter a rede social. Ela ainda reclamou da demora dos administradores do X em coibir as postagens que estavam sendo feitas pelos invasores em seu perfil.

"Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas", escreveu.

Ela ainda relatou como se sentiu durante os ataques e disse que foi " desrespeitada como nunca antes".

"Nesta última semana, depois de ter meu e-mail, X e LinkedIn invadidos, me senti exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes. Foram momentos de angústia, ansiedade e tristeza, mas também de acolhimento e força com tantas mensagens de apoio e conforto que recebi", relembrou.

Veja também

Três juízes, dois promotores e um militar são detidos por 'conspiração' contra Nicolás Maduro
Venezuela

Três juízes, dois promotores e um militar são detidos por 'conspiração' contra Nicolás Maduro

Governador aliado de Bolsonaro diz que País vive 'tiroteio' e defende 'paz para trabalhar'
Defesa

Governador aliado de Bolsonaro diz que País vive 'tiroteio' e defende 'paz para trabalhar'

Newsletter