Musk X Moraes

Janja diz que Musk "desrespeita" Justiça e que perfis bloqueados disseminavam fake news e misoginia

Moraes determinou a abertura de uma investigação no âmbito do inquérito que apura a existência de milícias digitais

Janja Lula da Silva participa de evento do PNUD América Latina e Caribe em NY Janja Lula da Silva participa de evento do PNUD América Latina e Caribe em NY  - Foto: Claudio Kbene/PR

A primeira-dama Janja da Silva defendeu nesta segunda-feira o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e criticou os ataques feitos pelo empresário Elon Musk, dono da rede social X, antigo Twitter. Janja afirmou que Musk "ataca a soberania brasileira" e que não se surpreende com a postura do bilionário.

No final de semana, o empresário decidiu usar a própria plataforma para atacar Moraes. Musk pediu a renúncia do magistrado, contestou sua atuação e o chamou de "traidor" do povo e da Constituição brasileira. Além disso, o empresário ameaçou remover restrições de perfis bloqueados pelo STF, fechar as operações da sua empresa no Brasil e a publicar todas as requisições judiciais enviadas à rede social pela Justiça.

Após as ameaças, Moraes determinou a abertura de uma investigação no âmbito do inquérito que apura a existência de milícias digitais e determinou uma multa diária de R$ 100 mil por perfil caso haja descumprimento da determinações de bloqueios.

Pelas redes sociais, Janja afirmou que liberar as contas bloqueadas é um "desrespeito a uma decisão do judiciário brasileiro" e que rede social "não é terra sem lei".

"O anúncio de Musk de liberar contas que haviam sido bloqueadas por decisões judiciais é um desrespeito a uma decisão do judiciário brasileiro. Esses perfis são utilizados para disseminar fake news, ódio e misoginia, e também para sustentar a tentativa de golpe do 08 de janeiro de 2023. Como o próprio Ministro Alexandre de Moraes falou: redes sociais não são terra sem lei! E as plataformas, além de obedecerem às decisões judiciais de cada país, devem ser responsabilizadas pelos crimes cometidos dentro dela", escreveu.

Janja ainda escreveu que a ação, além de ser "coordenada contra a democracia" também "visa lucro".

"Volto a repetir que esse tipo de ação do X, além de ser uma ação coordenada contra a democracia, também é uma ação que visa lucro e o mundo civilizado não pode ficar de joelhos frente a essa articulação da extrema direita, que tenta corroer nossa sociedade".

Em dezembro, Janja teve suas contas no X, antigo Twitter, invadidas por mais de 1h. Na época, ela criticou o empresário Elon Musk, dono da rede social, ao dizer que ele ficou "muito mais milionário" e defendeu a regulação das plataformas. A primeira-dama descreveu o acontecimento como "Invasivo" e criticou a demora para conseguir recuperar o controle das suas redes.

A defesa de Janja é para que o país regulamente a atuação das empresas que controlam as redes sociais e a monetização com a alta de acessos que um ataque como o sofrido por ela proporciona.

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