ONU

Janja diz que ONU "fracassou" em aprovar resposta a conflito entre Hamas e Israel

Brasil deixa presidência do Conselho de Segurança nesta terça-feira; Janja afirmou que país trabalhou "incansavelmente"

Presidente Lula e Janja chegam para reunião do BRICsPresidente Lula e Janja chegam para reunião do BRICs - Foto: Gianluigi Guercia/POOL/AFP

A primeira-dama Janja da Silva afirmou nesta terça-feira que o Conselho de Segurança da ONU "fracassou" em aprovar uma resposta do conflito entre Israel e Hamas, apesar do trabalho do Brasil pela "pausa humanitária e cessar-fogo". O Brasil deixa a presidência rotativa do colegiado nesta terça-feira.

"Hoje é o último dia da presidência brasileira no Conselho de Segurança da ONU e, infelizmente, mesmo o Brasil trabalhando muito no diálogo pela paz e nas negociações por uma pausa humanitária e cessar-fogo, o Conselho fracassou em aprovar uma resposta ao conflito na Faixa de Gaza", escreveu Janja pelas redes sociais.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarcou na noite deste domingo para Nova York para uma nova leva de reuniões na ONU sobre o conflito e para tentar avançar em alguma medida que abrace, principalmente, o caráter humanitário da guerra antes do Brasil deixar a presidência do Conselho de Segurança. O Brasil está com consultas em andamento para tentar avançar em algum consenso em torno de um novo texto.

No último dia 18, o Conselho de Segurança rejeitou resolução apresentada pelo Brasil para encontrar uma saída diplomática para o conflito entre Israel e Hamas, iniciado no dia 7 de outubro. O texto, que entre outros pontos pedia a criação de um corredor humanitário, foi vetado pelos Estados Unidos.

Janja afirmou que o Brasil trabalhou "incansavelmente" na busca por um caminho que protegesse os civis e que o país continuará os esforços na "construção da paz".

"A Assembleia Geral aprovou resolução simbólica para a proteção de civis no conflito, demonstrando o interesse da grande maioria dos Estados-membros da ONU em buscar um cessar-fogo, a ampliação de ajuda humanitária e a proteção de civis no território. Isso apenas reforça a necessidade de reforma para democratização desse órgão de governança da segurança global. Faço das palavras do Ministro Mauro Vieira, as minhas: "Tanques e tropas estão no terreno em Gaza, e o tempo para agir está acabando. Minhas perguntas a todos vocês são: se não agora, quando? Quantas vidas mais serão perdidas até que nós finalmente passemos do discurso para a ação?"", escreveu a primeira-dama.

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