Congresso

Jaques rebate Gleisi e expõe racha no PT sobre fim da reeleição no país

Líder do governo discorda de avaliação da presidente do PT e nega que proposta é "oportunista"

Presidente do Senado Federal e o líder do governo no Senado chegam à Casa para reunião de líderes que ocorrerá em instantes.(E/D):presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) Presidente do Senado Federal e o líder do governo no Senado chegam à Casa para reunião de líderes que ocorrerá em instantes.(E/D):presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  - Foto: Pedro França/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), criticou nesta quinta-feira o instituto da reeleição e disse ser favorável que o Congresso aprove rapidamente uma proposta que acabe com o mecanismo nas eleições para cargos no Poder Executivo. O senador discorda da avaliação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que já classificou a ideia como "oportunista".

"Por que é oportunista? Na proposta que está apresentada, só os eleitos em 2030 ou em 2028 na eleição municipal, só esses estariam cerceados com o mandato de 5 anos. Quem se eleger em 2024 ou 2026 teria o direito de se eleger em 2028 ou 2030. Não está ceifando ninguém."

Em dezembro, a presidente do partido de Wagner se queixou da iniciativa, e criticou diretamente o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem se manifestado a favor da proposta.

"Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população", disse Gleisi nas redes sociais em dezembro.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), que foi destacado por Pacheco para cuidar de iniciativas eleitorais no Senado, vai apresentar três Propostas de Emenda à Constituição (PEC) sobre o fim da reeleição no Executivo. Uma delas se limitaria a acabar com o dispositivo de renovação dos mandatos e as outras duas unificariam as eleições municipais, estaduais e nacional na mesma data.

A diferença entre as duas últimas iniciativas seria o período de transição para que os pleitos coincidissem. É estudada a possibilidade de um mandato tampão de dois anos para prefeitos em 2028 ou um de seis anos. Depois disso, todos os mandatos passariam a ser de cinco e coincidirem, com exceção dos senadores que seriam eleitos de dez em dez anos.

"O grande drama é que para coincidir tem duas hipóteses, ou em 2028 a 2030, ou mandato de seis anos e coincide logo", afirmou Wagner.

O petista reforçou que é favorável e disse que espera que o Senado aprove rapidamente a iniciativa. A ideia de Pacheco e de Castro é aprovar a ideia e também outra proposta, com modificações no Código Eleitoral, até o fim do primeiro semestre deste ano.

"É para ontem na minha opinião, a reeleição acho que não funciona. Eleição de dois em dois anos todo mundo sabe que é um inferno. A gente está falando do que agora? Eleição municipal. Acabou a nacional quando?".

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