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Presidente do Brasil

Jet ski e parque de diversão: férias de sete dias de Bolsonaro no fim do ano custaram R$ 900 mil

Presidente descansou em Santa Catarina entre os dias 27 de dezembro e 4 de janeiro, em meio às enchentes na Bahia

Bolsonaro em Santa CatarinaBolsonaro em Santa Catarina - Foto: Reprodução/Facebook

As férias de fim de ano do presidente Jair Bolsonaro custaram quase R$ 900 mil aos cofres públicos. Bolsonaro passou sete dias em São Francisco do Sul (SC), período no qual andou de jet ski e visitou um parque de diversões, entre outras atividades. O presidente foi criticado por manter o passeio enquanto a Bahia foi atingida por fortes chuvas, que deixaram 25 mortos.

De acordo com a Secretaria-Geral, a viagem custou R$ 899.374,60. A informação foi apresentada atendendo a pedido feito via Lei de Acesso à Informação (LAI). O ministério não detalhou os gastos, e disse que "o valor está sujeito à alteração, caso ocorram atualizações".

 

Bolsonaro chegou em São Francisco do Sul na tarde do dia 27 de dezembro. A previsão inicial era que o presidente só retornasse a Brasília no dia 4 de janeiro, mas ele foi para São Paulo na madrugada do 3 para ser internado, devido a uma obstrução intestinal.

Nesse período, Bolsonaro passeou de jet ski diversas vezes, visitou o parque Beto Carrero World, apostou na Mega-Sena e cortou o cabelo.

No dia 5, após receber alta do hospital, o presidente afirmou que era "maldoso" dizer que ele estava de férias:

— (Sou) um presidente que não tem férias. É maldoso quem fala que estou de férias. Eu dou minhas fugidas de jet ski, dou uns cavalos de pau com carro no Beto Carrero.

Um dia depois, no entanto, ele próprio admitiu que eram férias:

— Me programei para nove dias de férias, na verdade foram meia dúzia. Nove foram no hospital — disse o presidente, em entrevista à entrevista à Rádio Nova.

Como o Globo mostrou em janeiro, Bolsonaro gastou até o fim do ano passado R$ 29,6 milhões com cartões corporativos. O montante desembolsado é 18,8% maior do que os R$ 24,9 milhões consumidos ao longo dos quatro anos do mandato presidencial anterior, dividido por Dilma Rousseff (2015-2016) e Michel Temer (2016-2018). O presidente costuma justificar os gastos dos cartões com suas viagens.

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